Discursos de membros do FOMC e boletim Focus movimentam o dia
NESTA MANHÃ
- Hoje teremos a divulgação do IGP-DI de julho e do relatório Focus do BCB, o primeiro após a redução da taxa Selic. No noticiário corporativo, os investidores esperam o resultado do Itaú (ITUB4) após o fechamento. No cenário externo teremos discursos de membros do FOMC e do Banco da Inglaterra (BoE).
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção nesta segunda-feira. O índice Nikkei subiu 0,19%, o Hang Seng recuou 0,01%, e o Xangai Composto registrou uma queda de 0,59%.
- Na Europa, as bolsas operam em baixa após o resultado mais fraco do que o esperado para a produção industrial da Alemanha. Havia uma expectativa de uma queda de 0,4%, mas o número registrou um recuo mais forte, de 1,5%. Nesse sentido, o índice Stoxx 600 opera em queda de 0,20%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,11%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,82%, a US$ 85,53 o barril.
- O ouro recua 0,42%, a US$ 1.934,91 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 29 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: IGP-DI (Jul)
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 09:15 EUA: Discurso de Harker, membro do FOMC
- 09:30 EUA: Discurso de Bowman, Membro do FOMC
- 10:00 Brasil: Anfavea
- 13:00 Inglaterra: Discurso de Pill, Membro do CPM do BoE
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
A bolsa fechou em queda de 0,89%, a 119.507,68 pontos, quinta sessão consecutiva de queda, contribuindo para uma queda de 2,00% no mês até aqui. Na semana, teve recuo de 0,57%. O dia foi afetado principalmente pela má recepção dos balanços trimestrais de dois pesos-pesados do índice: PETR4 e BBDC4. Além disso, há o efeito da cautela externa, que dificulta o apetite por risco em ativos domésticos, visto que incertezas seguem sobrevoando os investidores. Um exemplo é o caso, ainda em aberto, do fim da distribuição de JCP que vem sendo sinalizada pelo governo, outro é o ritmo de redução dos juros em meio a dúvidas quanto à viabilidade das políticas de impulso de arrecadação fiscal.
As taxas de vencimento de curto prazo ficaram perto da estabilidade enquanto o resto recuou. O alívio nos prêmios de risco veio do exterior com o forte fechamento das Treasuries diante do relatório de emprego (payroll) mais fraco que o esperado. O resultado reforçou as expectativas de uma pausa no ciclo monetário americano em setembro.
Após três pregões de valorização, o dólar recuou 0,48%, sendo cotado a R$4,8760, mas acumula alta de 3,06% na semana. De acordo com operadores, houve um movimento natural de ajuste de posições e realização de lucros em meio ao enfraquecimento da moeda americana no exterior.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em queda após perderem fôlego da manhã devido aos dados do payroll. O destaque foi a alta da Amazon de 9,27% e a queda da Apple de 4,80%, ambas motivadas por balanços divulgados no dia anterior. O Dow Jones caiu 0,43%, o S&P 500 cedeu 0,53% e o Nasdaq teve queda de 0,36%. A semana foi de queda para as bolsas americanas que reagiam ao rebaixamento dos EUA no rating da Fitch.
Também acompanhando o payroll, os juros dos Treasuries cederam, com a ponta longa perdendo parte dos ganhos do dia anterior. Já o índice DXY registrou queda de 0,51%, enquanto na comparação semanal subiu 0,39%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR
O mercado americano criou 187 mil novos empregos de acordo com relatório Payroll, publicado pelo Departamento de Trabalho dos EUA. O número surpreendeu o mercado, que esperava por 200 mil vagas, de acordo com analistas consultados pelo Wall Street Journal. Porém, a taxa de desemprego encolheu sutilmente de 3,6% em junho para 3,5% em julho.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva só deve anunciar novas mudanças na Esplanada dos Ministérios na semana do dia 14 de agosto. Ele deu início a esse movimento, ao empossar o deputado Celso Sabino (União-PA) no Ministério do Turismo. Porém, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse nesta sexta-feira (4) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já decidiu que nomeará os deputados André Fufuca (MA), líder do PP na Câmara, e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para ministérios de seu governo. O ministro, no entanto, não esclareceu quais pastas eles deverão assumir. (Valor/Poder 360)
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a pasta segue estudando a implantação de um programa de incentivo à venda de eletrodomésticos da linha branca. De acordo com o ministro, o programa é um pouco mais complexo que o implantado para estimular o setor automotivo devido ao número maior de empresas. Além disso, Alckmin afirmou que estuda a suspensão do imposto de importação de derivados do leite. (Valor)
Lula sinalizou a integrantes da cúpula de seu partido a disposição de que a reforma ministerial tenha como alvo pastas de ministros sem padrinhos políticos e representantes do PSB e PT. Essa configuração em discussão exigirá, no entanto, uma conversa entre Lula e Alckmin, dado que o vice dá sinais claros de resistir à ideia. (Folha)
Pacheco prorrogou, por mais 60 dias, a vigência da MP que institui o Desenrola Brasil (MP 1176) e de outras duas: a que trata sobre o mecanismo de desconto patrocinado na aquisição de veículos sustentáveis (MP 1175), e a que abre crédito extraordinário em favor do Ministério da Agricultura e Pecuária (MP 1177) (Valor)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto nesta sexta-feira (4) autorizando o Brasil voltar a importar energia elétrica da Venezuela. O objetivo é comprar energia produzida na hidrelétrica venezuelana para abastecer o Estado de Roraima, que ainda não é interligado ao SIN (Sistema Interligado Nacional). Em 2019, o governo de Nicolás Maduro rompeu o contrato de fornecimento por causa de uma crise energética enfrentada pelo país e desentendimentos com a gestão de Jair Bolsonaro (PL). (Poder 360)
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