Pão de Açúcar – Top-line e operação começam a mostrar melhoras.

Crescimento de top-line.

O GPA apresentou uma Receita Líquida de R$ 4,74 bilhões, com crescimento de 9,7% ano a ano. O formato Pão de Açúcar (premium) mostrou SSS positivo de 7% – aumento na penetração de alimentos perecíveis – e o mercado de proximidade apresentou SSS de 8% por conta de base forte de comparação.

Margem bruta com crescimento anual.

A companhia reportou uma margem bruta de 25,1% (+130bps ano contra ano), explicado pelo aumento das vendas de produtos perecíveis no share de vendas da companhia e queda na taxa de falta de estoque.

Diluição do SG&A vem melhor que o esperado pelo mercado.

A companhia reportou uma margem Ebitda de 7% (+120bps ano contra ano), explicado por uma melhor dinâmica de alavancagem operacional. Além disso, esses números vieram 40bps acima do que o mercado esperava.

Lucro Líquido ajustado volta para o patamar positivo.

Desconsiderando os efeitos não recorrentes de C-nova Éxito, a companhia reportou um lucro líquido no patamar positivo de R$ 5 milhões. Essa dinâmica é explicada por uma menor despesa financeira e um efeito positivo de imposto de renda. Ponto negativo fica com um FCF ainda negativo de R$ 450 milhões, impactado por uma dinâmica operacional ainda abaixo do esperado, sazonalidade do capital de giro e a continuação de investimentos.

Visão para frente.

A companhia reportou um resultado, na nossa visão, positivo, com crescimento de top-line, melhor dinâmica de margem bruta, e melhora substancial da diluição de SG&A frente o esperado. O grande foco da companhia é acelerar a recuperação da margem bruta e Ebitda. O foco do turnaround é trazer raízes para o negócio, com ganhos que se estabeleçam no longo prazo. Após o spin-off do Éxito, o turnaround vira a grande história por trás da ação, e no momento, optamos por esperar mais sinais dessa virada para ter uma viés mais positivo com a ação. Seguimos NEUTRO no ativo.