IPCA-15 e Focus são os destaques do pregão de hoje
NESTA MANHÃ
- Hoje, os investidores vão acompanhar a divulgação do IPCA-15 (mediana das Projeções Broadcast -0,03%), com um olhar atento para a dinâmica do setor de serviços. Além disso, no Brasil, o mercado analisa o Focus, que não saiu ontem em função do jogo da seleção feminina. No exterior, uma série de indicadores econômicos importantes, às vésperas da decisão do FOMC, ficam no radar, assim como a temporada de balanços corporativos.
- As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, após líderes da China prometerem mais apoio para sustentar a segunda maior economia do mundo, que vem dando sinais de desaceleração nos últimos meses. Liderando os ganhos, o Hang Seng saltou 4,10% e o Xangai Composto subiu 2,13%. Exceção na região foi o japonês Nikkei que registrou ligeira baixa de 0,06%.
- O Politburo, principal órgão decisório da China, demonstrou confiança na recuperação do país, com a promessas de mais medidas de apoio, mas também reconheceu os obstáculos ao crescimento. O órgão prometeu fortalecer o ajuste anticíclico e as reservas cambiais, com a garantia de que políticas fiscais mais proativas e políticas monetárias prudentes serão implementadas, e apontou a necessidade de reavivar o mercado de capitais e fortalecer a confiança dos investidores.
- Na Europa, os mercados apresentam leve alta, repercutindo balanços locais, o anúncio de mais estímulos da China, mas também um clima de cautela prevalece na semana de decisões de política monetária do Fed (26) e BCE (27). Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,25%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street não apontam para uma direção única na abertura. Os investidores seguem atentos à agenda de divulgação de resultados e aguardam a decisão do FOMC de amanhã.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,90%
- Os contratos futuros do Brent estão de lado, a US$ 82,76 o barril.
- O ouro sobe 0,31%, a US$ 1.960,70 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 29 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 08:30 Brasil: Confiança do Consumidor (Jul)
- 09:00 Brasil: IPCA-15 (Jul)
- 10:00 EUA: FMI – Relatório de Perspectivas da Economia Mundial
- 10:00 EUA: Índice de Preços de Imóveis (Mai)
- 11:00 EUA: Confiança do Consumidor Conference Board (Jul)
- 14:00 EUA: Leilão Americano Note a 5 anos
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
No dia de ontem (24) o Ibovespa fechou em 121.341,69, um aumento de 0,94% em relação ao pregão anterior. O dia começou positivo para o índice, com a expectativa de novos estímulos econômicos na China, impulsionando as gigantes VALE3 e PETR4, mas foi devolvendo a alta com uma piora concentrada no setor financeiro.
Em relação às taxas de juros futuros, o dia foi de queda diante da alta de commodities, que atraiu grande fluxo para economias emergentes e causou a desvalorização do dólar frente ao real, protegendo a curva de juros doméstica da escalada das Treasuries. Próximo ao fechamento, os DIs curtos se estabilizaram com os investidores sinalizando aguardar pelo IPCA-15 de julho.
A moeda americana recuou 0,98% para R$4,7330, alcançando o menor nível no fechamento desde 20 de abril de 2022, afetada pelos novos ataques russos à infraestrutura ucraniana e pelos anúncios de política econômica da China.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, com o índice Dow Jones avançando de 0,52% e alcançando a marca de 11 sessões consecutivas de ganhos. O S&P 500 subiu 0,40%, e o Nasdaq ganhou 0,19%.
Os rendimentos dos Treasuries avançaram nesta segunda-feira (24), em sessão de volume de negócios relativamente comedido, no início de uma semana que será marcada por mais um provável aumento de 25 pontos-base nos juros do Fed, que pode ser o último do atual ciclo de aperto monetário.
O índice DXY registrou alta de 0,27%. A divisa americana se valorizou frente ao euro e à libra, com as moedas europeias sob pressão após a publicação de indicadores locais.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice de atividade nacional dos Estados Unidos calculado pelo Fed de Chicago caiu de -0,28 em maio, para -0,32 em junho. Das quatro grandes categorias de indicadores que são usadas para construir o índice, três caíram em relação na comparação mensal. A média móvel trimestral, no entanto, subiu de -0,21 em maio, para -0,16 em junho.
O índice PMI Composto do S&P Global caiu para 52.0 em julho, de 53.2 em junho. A taxa de crescimento desacelerou para o nível mais lento desde fevereiro, devido a um aumento menor na produção do setor de serviços. Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence comentou na publicação que “julho está vendo uma combinação indesejável de crescimento econômico mais lento, criação de empregos mais fraca, confiança empresarial mais sombria e inflação persistente.”
POLÍTICA NO BRASIL
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (24) que o governo prepara um novo programa de incentivo à indústria que pode envolver estímulos de R$3 bilhões a R$15 bilhões a partir de 2024. A iniciativa estará voltada para a renovação e modernização de máquinas e equipamentos da indústria. (Valor)
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (24) ter a expectativa de promulgar a reforma tributária ainda neste ano. A uma plateia de empresários, em São Paulo, Lira disse que trabalha com a possibilidade de o Congresso discutir no primeiro semestre de 2024 as leis complementares da proposta de reforma tributária. (Valor)
Haddad afirma que a reunião agendada com o vice, Geraldo Alckmin, não foi para tratar da criação de um programa de crédito para financiar eletrodomésticos da chamada “linha branca”, e sim com o objetivo de discutir o orçamento do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). (Valor)
O presidente da Câmara, Arthur Lira, diz considerar arriscado o governo colocar em discussão a taxação de fundos exclusivos de investimento antes da conclusão da reforma tributária no Senado. Lira argumenta que “uma coisa é concordar com o mérito, outra é concordar com o timing.” (Folha)
Lira também criticou a forma como a reforma ministerial tem sido abordada nos bastidores e disse que isso não contribui para a governabilidade do governo federal. O deputado acrescentou que não se reuniu com Lula para falar sobre o tema, tendo a última reunião entre os dois logo após a aprovação da reforma tributária na Câmara. (Folha)
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