Em dia de agenda esvaziada, investidores acompanham balanços corporativos nos EUA

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no exterior, o foco continua nos balanços corportativos nos EUA, com o Goldman Sachs antes da abertura do mercado e com Netflix, Tesla e IBM no fechamento. No fim da noite, ainda tem decisão das taxas de juros chinesas, que é esperado manutenção. No Brasil, em dia de agenda esvaziada, os investidores acompanham a divulgação do IGP-M.
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, após Wall Street estender ganhos ontem na esteira de balanços positivos e ainda em meio a preocupações com recentes sinais de fraqueza econômica na China. O Nikkei subiu 1,24%, enquanto o Hang Seng caiu 0,33% e o Xangai Composto teve  ganho marginal de 0,03%.  
  • Na Europa, as bolsas operam em alta, ampliando ganhos de ontem, após dados da inflação britânica mais fracos do que o esperado sustentarem o apetite por risco. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,34%.
  •  A inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido foi de 7,9% na taxa anual em junho, abaixo dos 8,7% de maio. O resultado ficou abaixo das estimativas, que tinham mediana de 8,1%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no positivo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,75%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,36%, a US$ 79,92 o barril.
  • O ouro recua 0,18%, a US$ 1.975,54 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 30 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-M
  • 09:30 EUA: Licenças de construção (Jun)
  • 13:00 Reino Unido: Discurso D. Ramsden, membro do BoE 
  • 22:15 China: Taxa de empréstimo do BPC

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa registrou queda de 0,32% no fechamento da sessão, acomodando-se em 117.841,19 pontos, devolvendo boa parte do ganho de anteontem. Os destaques positivos do índice foram: YDUQ3 (+7,11%), PCAR3 (+4,80%) e ALPA3 (+4,04%). Na ponta negativa: ASAI3 (-2,81%), JBSS3 (-2,77%) e BEEF3 (-2,13%).

Diante da agenda esvaziada de indicadores e o noticiário reduzido, a curva de juros seguiu o seu curso “natural”, culminando em um fechamento das taxas no fim do pregão. A movimentação também se baseou no recuo das curvas no exterior e nas apostas para o início do afrouxamento monetário no Brasil.

O dólar à vista subiu 0,04% em relação ao real, fechando em R$4,8090, puxado pelo fortalecimento global da moeda americana diante das expectativas para as próximas decisões de política monetária do FED.

EXTERIOR

As bolsas em Nova York fecharam em alta, impulsionadas pelos papéis do setor bancário e do setor de tech motivado pelo avanço da IA. O índice Dow Jones fechou saltou 1,06%, enquanto o S&P subiu 0,71% e o Nasdaq ganhou 0,76%. 

As ações dos bancos Morgan Stanley e Bank of America saltaram 6,45% e 4,42% respectivamente depois da publicação dos balanços melhores que o esperado, e no setor de tech Microsoft e Meta subiram 3,98% e 0,46% respectivamente após o anúncio de parceria para distribuir novo software de IA para uso comercial para empresas. 

Os treasuries fecham sem direção única, com dados dos EUA apontando para uma fraqueza maior do que o esperado nas vendas do varejo e da produção industrial.

Com os investidores digerindo os dados econômicos e alinhando as expectativas para as próximas reuniões do Fed, o dólar avançou ante outras divisas. Dessa forma, o índice DXY fechou em alta de 0,10%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

A produção industrial americana teve queda de 0,5% em junho na comparação mensal, abaixo da expectativa de estabilidade no período. O Fed ainda informou que a atividade manufatureira nos EUA recuou 0,3% em junho, enquanto os índices de mineração e serviços públicos caíram 0,2% e 2,6%, respectivamente.

Já o indicador de vendas de varejo nos EUA subiu 0,2% em junho ante maio, de acordo com os dados divulgados pelo Departamento de Comércio americano. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que esperava alta de 0,6%. Na comparação com junho de 2022, as vendas no varejo subiram 1,5%.

BALANÇOS CORPORATIVOS

Nesta terça-feira (18) foram publicados mais balanços corporativos de grandes bancos nos EUA, desta vez Bank of America e Morgan Stanley. 

O lucro líquido do Bank of America aumentou 19% no segundo trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. O banco registrou um lucro de US$ 7,4 bilhões, acima dos US$ 6,2 bilhões do ano passado. O lucro por ação foi de US$ 0,88. O resultado ficou acima do consenso do mercado, que esperava um lucro de US$ 6,9 bilhões.

O Morgan Stanley também registrou um resultado acima do esperado, porém o lucro do banco caiu 12% no segundo trimestre para US$ 2,2 bilhões ante US$ 2,5 bilhões registrados em igual período do ano anterior.

POLÍTICA NO BRASIL

Novamente adiado, o “Novo PAC” fica para agosto. O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), alega que o adiamento se dá pelo recesso parlamentar. Essa é a quarta vez que o governo altera a previsão de início do programa. (Valor)

Haddad diz que a desoneração da folha deve ser combinada com a reforma do Imposto de Renda. De acordo com o ministro, seria “muito ruim” se o tema fosse incluído na reforma sobre o consumo. (Valor)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (19) que vai oferecer a partidos do Centrão o que achar ser necessário para “construir tranquilidade no Congresso” para seu governo. Ressaltou que a decisão de trocar ministros cabe a ele e não aos partidos, e criticou, sem citar nomes, as negociações “com muita sede ao pote” que estão sendo conduzidas por líderes do governo com PP e Republicanos. (Poder 360)

GUERRA NA UCRÂNIA

A Rússia estaria preparada para retornar ao acordo de grãos do Mar Negro se as exigências de Moscou forem atendidas por parceiros internacionais, de acordo com o representante permanente da Rússia na sede das Nações Unidas, Gennady Gatilov.

Em comentários publicados no canal Telegram do Ministério das Relações Exteriores da Rússia na terça-feira (18) em resposta a uma pergunta da Reuters, Gatilov afirmou que o acordo se desviou de seus “fins humanitários pretendidos”. (CNN)

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