PPI de junho nos EUA é o destaque da agenda
NESTA MANHÃ
- A agenda internacional de hoje traz a inflação ao produtor (PPI) dos EUA de junho, pedidos de seguro-desemprego e ata do BCE, que vão auxiliar na calibragem das expectativas para a condução das políticas monetárias das economias desenvolvidas. No Brasil, atenção ao Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Em Brasília, essa semana está mais tranquila em função do “recesso branco”, sem votações marcadas na Câmara, enquanto no Senado, as sessões em plenário estão sendo semipresenciais.
- As bolsas na Ásia fecharam em alta nesta quinta-feira, após dados de inflação dos EUA abaixo do esperado garantirem o terceiro pregão seguido de ganhos em Wall Street. O encontro do primeiro-ministro da China com executivos de gigantes de tecnologia do país, em sinal de apoio ao setor, também animou o mercado por lá. Com isso o Hang Seng avançou 2,60%,o japonês Nikkei subiu 1,49% e o Xangai Composto teve ganhos de 1,26%.
- A balança comercial da China teve um desempenho pior do que o esperado pelos analistas em junho. As exportações caíram 12,8%, na comparação anual (expectativa era de queda de 9,2%) enquanto as as importações caíram 6,8%, na mesma base de comparação (expectativa queda de 4,0%)
- As principais bolsas da Europa operam em alta, ampliando os ganhos de ontem, à medida que o otimismo com a trajetória dos juros nos EUA se sobrepõe a números decepcionantes da balança comercial chinesa e da indústria europeia. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,60%.
- A produção industrial da zona do euro subiu 0,2% em maio ante abril. O resultado ficou um pouco abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,3% da produção no período.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street apontam para mais uma abertura positiva, espera de novos dados da inflação ao produtor (PPI) dos EUA
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,8152%
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,31%, a US$ 80,36 o barril.
- O ouro avança 0,14%, a US$ 1.959,90 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 30,8 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:30 Europa: Ata da Reunião de Política Monetária do BCE
- 09:00 Brasil: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA (Jun)
- 09:30 EUA: Índice de Preços ao Produtor – PPI (Jun)
- 09:30 EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
- 17:30 EUA: Balanço Patrimonial do Federal Reserve
- 19:45 EUA: Discurso de Waller, membro do FOMC
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Em dia de vencimento de opções sobre o índice, o Ibovespa devolveu grande parte do ânimo visto pela manhã e subiu apenas 0,09%, aos 117.666,49 pontos. A leitura comportada sobre a inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI) em junho reforçou a percepção de que o ciclo de elevação dos juros na maior economia do globo esteja próximo de nova pausa. Na reunião do Federal Reserve no fim deste mês, a taxa de referência deve ser elevada em 25 pontos-base e, provavelmente, mantida até o fim do ano.
Os juros futuros reverteram a queda vista pela manhã à medida que o mercado doméstico perdeu fôlego de valorização ao decorrer da sessão. Não houve gatilho para esse movimento, aparentemente a percepção que o rali recente já embutia condições melhores para o real, a Bolsa e os juros domésticos.
O dólar prosseguiu em baixa seguindo a tendência global cedendo 0,90% aos R$4,818.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, com o Nasdaq e S&P 500 no maior valor desde 2022, depois do resultado do CPI abaixo da mediana das expectativas dos analistas. A variação se apoiou na crença de um aumento menos dramático dos juros nas próximas reuniões do FED. O índice Dow Jones registrou ganhos de 0,25%, o S&P 500 subiu 0,74% e o Nasdaq valorizou 1,15%.
Nesse sentido, o retorno dos Treasuries recuaram, em sintonia com a perspectiva de um aperto monetário mais contido. Depois da divulgação do CPI, investidores passaram a ver mais de 20% de chance de uma segunda elevação nos juros americanos no segundo semestre. Antes as chances de um segundo aumento eram de 40%.
Por fim, nesta quarta o dólar apresentou perda acentuada diante de moedas emergentes como o Real e o Rand Sul-Africano, e também frente às divisas mais fortes, com uma queda de -1,19% representada pelo índice DXY.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
Ontem foi divulgado o CPI americano de junho, com um resultado de 0,2% em relação à maio, ante a mediana de 0,3%. O núcleo da inflação também variou 0,2% frente a uma expectativa de 0,3%. O movimento foi suficiente para mitigar o pessimismo em relação aos próximos passos da política monetária do FED (BLS).
Em discurso, o presidente do FED de Minneapolis Neel Kashkari afirmou que é preciso evitar que os formuladores de política monetária tenham que escolher entre estabilidade financeira e inflação baixa, indicando que os reguladores devem aplicar mecanismos para aumentar a resiliência do setor bancário (FED).
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O setor de serviços cresceu 0,9% em maio na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. O resultado superou a mediana das expectativas (0,4%), que variavam entre -0,5% a +1,9%. Apesar da leitura positiva na margem, não vemos alteração do cenário de desaceleração da atividade. O indicador vem mostrando perda de tração dos serviços ao longo do ano, especialmente em função da política monetária contracionista, impactando os setores mais sensíveis aos juros. Para o PIB, mantemos nossa projeção de alta de 2,1% em 2023, com um segundo trimestre negativo (-0,5% QoQ e 1,8% YoY). Confira o relatório da Órama completo aqui.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou dois decretos de abril relativos ao Marco Legal do Saneamento Básico e estabeleceu novas regras para o setor. As mudanças foram publicadas na edição desta quinta-feira (13) do Diário Oficial da União. Deputados e senadores derrubariam os trechos, mas chegaram a um acordo com o governo. O Planalto se comprometeu a revogar os decretos e publicar novos que atendessem às demandas dos congressistas. (Poder360)
A pesquisa da Genial/Quaest revela que, para 53% do mercado financeiro brasileiro, a economia sob a gestão do governo atual está caminhando na direção errada. Em maio, eram 90% dos entrevistados que achavam isso. Em contrapartida, 47% dos entrevistados este mês acreditam que a economia melhorará nos próximos meses. (CNN)
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se nesta quarta-feira (12) com o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e com o senador Eduardo Braga (MDB-AM),relatores da reforma tributária na Câmara e no Senado, respectivamente. Segundo o presidente do Senado, o objetivo foi um alinhamento entre os congressistas sobre a PEC (Proposta de Emenda à Constituição). (Poder360)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), nesta quarta-feira (12), a criação de um programa do governo federal para oferecer descontos nos preços de eletrodomésticos vendidos no país. A fala de Lula vem na esteira do programa do governo federal que ofereceu incentivo para venda de carros de entrada, encerrado no início deste mês. De acordo com Alckmin, a estimativa é de que 125 mil veículos tenham sido comercializados. (CNN)
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