Na agenda doméstica, IPCA de junho e reunião sobre reforma tributária são os destaques
NESTA MANHÃ
- O destaque do dia é a divulgação do IPCA de junho, para o qual o mercado espera deflação de 0,10%. Atenção também para o encontro de Pacheco com Haddad e Tebet. Os ministros vão discutir com o presidente do Senado a tramitação da reforma tributária. No exterior, fica no radar discursos de membros do Fed.
- As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira, acompanhando Wall Street, à espera dos dados da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA a ser divulgado amanhã. Assim, o Hang Seng subiu 0,97%, o japonês Nikkei teve ganho marginal de 0,04%. O Xangai Composto subiu 0,55% na esteira de mais estímulos por parte do seu banco central.
- O Banco Popular da China (PBoC) informou ontem (10) que vai estender a política de apoio ao setor imobiliário do país, como parte dos esforços para incentivar a recuperação econômica.
- Na Europa, com Nova York e China se recuperando, os mercados também operam majoritariamente em alta. Como resultado, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,46%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street apontam para uma abertura levemente positiva.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,9611%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,28%, a US$ 77,91 o barril.
- O ouro tem ganhos de 0,64%, a US$ 1.937,73 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 30,5 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: IPCA (Junho)
- 10:00 EUA: Discurso de Bullard, Membro do FOMC
- 11:00 Brasil: Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, recebe os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, para debater a votação da reforma tributária
- 12:00 EUA: Presidente do Fed de NY, John Williams, modera painel com o economista-chefe da Moody’s Analytics
- 13:00 EUA: Perspectiva Energética de Curto Prazo da EIA
- Lituânia: Cúpula da OTAN
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa iniciou a semana em queda de 0,80%, aos 117.942,44 pontos, vindo de um ganho de 1,25% na sexta passada. O índice manteve a variação contida nesta sessão, aguardando sinais mais claros do FED e avanços no contexto político interno. Os dados de inflação na China, estável para o consumidor e em queda para o produtor corroboraram para um desempenho mais enfraquecido do índice, com destaque para queda de 1,53% de VALE3.
No fechamento, houve uma leve alta dos juros futuros, movimento de correção em meio ao noticiário escasso e agenda esvaziada. A taxa do contrato de DI fechou para 2024, mas abriu nos horizontes de 2025 em diante. Diante disso, o mercado aguarda a leitura do IPCA de junho a ser divulgado hoje, algo que pode redesenhar as apostas para a Selic no que diz respeito ao timing e intensidade do corte inicial.
Em relação ao câmbio, o dólar fechou com alta de 0,34% em relação ao Real, cotado a R$4,8825. Os dados de inflação menores que o esperado na China, junto às quedas de em torno de 1% nos preços de petróleo, contribuíram para o movimento em meio à recomposição de posições defensivas dos investidores. Declarações de dirigentes do FED também ajudaram a sustentar os ganhos da moeda americana ao sugerirem maior aperto monetário nos EUA.
EXTERIOR
No fechamento desta segunda-feira, as bolsas de valores de Nova York registraram um desempenho positivo, com investidores aproveitando uma agenda de indicadores moderada para se posicionar antes de uma semana agitada, com dados de inflação nos Estados Unidos e o início da divulgação dos resultados corporativos.
O índice Dow Jones registrou alta de 0,62%, enquanto o S&P 500 teve um ganho de 0,24%. O Nasdaq avançou 0,18%, mas foi contido principalmente pelas quedas da Microsoft (-1,60%), Apple (-1,09%) e Alphabet (-2,54%). Esse movimento reflete o anúncio de um “rebalanceamento” do índice, visando reduzir a concentração de grandes empresas.
O dólar apresentou queda em relação às moedas concorrentes e algumas moedas emergentes, impulsionado pela redução das expectativas de inflação nos Estados Unidos, o que diminui as perspectivas de um aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed). Os investidores também acompanharam os pronunciamentos de dirigentes do Fed e do Banco da Inglaterra (BoE), além do relatório do Banco do Japão (BoJ) sobre a alta de preços em algumas regiões do país. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas principais, encerrou com queda de 0,29%.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA também recuaram, à medida que os investidores se preparam para uma semana com dados de inflação nos Estados Unidos. Os comentários dos dirigentes do Federal Reserve (Fed) não alteraram as expectativas em relação ao ritmo do aperto monetário nos próximos meses.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A expectativa de inflação para este ano apresentou uma nova queda no Boletim Focus divulgado ontem, porém as projeções de longo prazo permaneceram estáveis desta vez. Para o IPCA deste ano, a mediana diminuiu de 4,98% para 4,95%. Já para 2024, que é o foco da política monetária, a projeção se manteve em 3,92%. 2025 e 2026 continuaram com a mesma estimativa de inflação, em 3,60% e 3,50% respectivamente.
No que diz respeito à taxa Selic, as expectativas permaneceram estáveis até 2025. Já a projeção para a Selic no final de 2026 subiu de 8,63% para 8,75%, atingindo o mesmo patamar de um mês antes.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a mediana para o crescimento em 2023 está em 2,19%. O cenário esperado para o câmbio brasileiro ao final do ano também se manteve no patamar de R$ 5,00,
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
Durante a tarde de ontem (10), a filial do Federal Reserve (Fed) em Nova York divulgou que as projeções de inflação para um ano tiveram uma queda pelo terceiro mês consecutivo em junho. Agora, a atenção se volta para os índices de preços ao consumidor (CPI), que serão divulgados na quarta-feira, e ao índice de preços ao produtor, na quinta-feira.
As presidentes do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e de São Francisco, Mary Daly, reiteraram a expectativa de futuros aumentos nas taxas de juros, visando garantir a restauração da estabilidade de preços. Por outro lado, o líder da regional de Atlanta, Raphael Bostic, defendeu a necessidade de “paciência” por parte do banco central americano em relação aos próximos passos. Essas declarações tiveram impacto marginal nas expectativas do mercado. Ao final da tarde, a plataforma de monitoramento do CME Group indicou mais de 90% de probabilidade de o Fed aumentar as taxas de juros em 25 pontos-base neste mês.
Além das questões relacionadas à política monetária, o vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, anunciou uma proposta que estabelece regras mais rigorosas de capitalização para bancos com mais de US$ 100 bilhões. O BMO Capital Markets afirma que, ao reduzir efetivamente a velocidade do dinheiro na economia dos EUA, os requisitos de capital mais elevados terão um efeito adicional de restrição.
POLÍTICA NO BRASIL
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou as negociações para que integrantes do Centrão passem a ocupar cargos no primeiro e segundo escalão da Esplanada dos Ministérios. As conversas iniciais apontam para uma “porta de entrada”: a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão ligado ao Ministério da Saúde. (Valor)
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso cogitam fatiar a PEC da reforma tributária para acelerar a tramitação no Senado. Sabendo de prováveis alterações por parte dos senadores, o projeto seria dividido em duas partes. (Valor)
O senador Efraim Filho (União Brasil-PB) será o relator do grupo de trabalho da reforma tributária na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. A análise do texto deve ser retomada somente no 2º semestre, a partir de agosto. (Poder360)
O governo já tem pronto um novo decreto presidencial que altera, mais uma vez, as regulamentações do marco legal do saneamento básico. A intenção do Palácio do Planalto é encerrar definitivamente as tensões com o Congresso Nacional por causa de dois decretos presidenciais editados em abril. Para isso, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), vão receber a minuta antes de sua publicação no Diário Oficial da União (DOU). (CNN)
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o desarquivamento de uma investigação sobre supostas irregularidades e omissões cometidas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) na pandemia da covid-19. Além do ex-presidente, também são investigados o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL), o ex-secretário-executivo da pasta Elcio Franco, a ex-secretária de Gestão do Trabalho da Educação na Saúde Mayra Pinheiro, o ex-presidente do Conselho Federal de Medicina Mauro Luiz de Brito e o assessor de Bolsonaro, Fábio Wajngarten. (Poder 360)
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