Ibovespa fecha nona semana de valorização consecutiva

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NESTA MANHÃ
  • No Brasil, o mercado se prepara para a Ata do Copom que será divulgada amanhã (27), na qual espera-se um tom mais suave do que o comunicado. No exterior, os investidores acompanham os dados de atividade e monitoram o temor por uma possível recessão.   
  • As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, em meio a preocupações renovadas sobre uma possível recessão, após dados fracos de atividade. Voltando de dois dias de feriados, o Xangai Composto caiu 1,48%, enquanto o Nikkei cedeu 0,25% e o Hang Seng recuou 0,51%.
  • Na Europa, os mercados operam no negativo, mantendo o tom da última semana, após indicadores econômicos pesarem o sentimento em meio a temores de recessão. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,22%.
  • O índice Ifo de sentimento das empresas alemãs caiu a 88,5 pontos em junho, mais do que o esperado (90,6), refletindo principalmente uma piora significativa do clima e das expectativas no setor manufatureiro, cuja atividade segue em contração.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam no negativo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,68%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,77%, a US$ 74,42 o barril.
  • O ouro avança 0,59%, a US$ 1.932,99 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 30,3 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: Confiança do Consumidor (Jun)
  • 09:25 Brasil: Boletim Focus
  • 11:30 EUA: Índice de Atividade das Empresas Fed Dallas (Jun)
  • 14:30 Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

A aversão global ao risco derrubou as ações de empresas exportadoras de commodities, mas não foi suficiente para impedir o Ibovespa de encerrar o dia em alta de 0,04%, aos 118.977,10 pontos. Assim, o índice conseguiu sustentar um ganho de 0,18% na semana, nona semana de valorização, na maior sequência desde as dez altas encerradas em agosto de 2016.

Os ganhos dos setores elétrico (+3,0%), imobiliário (+2,72%) e de consumo (+0,74%) puxaram a Bolsa, beneficiados pelo noticiário corporativo e pela queda firme dos juros futuros. Em contrapartida, as baixas de Petrobras (-4,10% PN, -3,39% ON) e Vale ON (-1,01%) limitaram o desempenho e chegaram a manter o índice no negativo durante a maior parte da sessão.

Os juros futuros fecharam em queda firme, ao longo da estrutura a termo. O exterior teve grande contribuição para o desenho da curva, uma vez reforçado o receio de recessão global em meio a dados fracos de atividade, somados a discursos e decisões “hawkish” dos bancos centrais nesta semana. 

Internamente, notícias de bastidores pós-Copom envolvendo o Planalto e a diretoria do Banco Central agitaram as mesas de renda fixa e estimularam a percepção de que o Copom deve amenizar o tom do comunicado na ata da terça-feira (27). Ainda, o alívio dos prêmios esteve relacionado ao otimismo sobre a tramitação da reforma tributária. No balanço da semana, a curva perdeu inclinação com as taxas longas caindo ainda mais do que as dos demais trechos.

O dólar à vista emendou a segunda sessão consecutiva de leve alta, de 0,13%, cotado a R$ 4,7780, mas encerrou a semana com desvalorização de 0,87%.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa e acumularam perdas de cerca de 1,5% na semana, após leituras fracas de índices de gerentes de compras (PMI) na Europa e nos Estados Unidos reforçarem temores de que o contínuo aperto monetário global deflagre recessão nas principais economias do planeta.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,65%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,77% e o Nasdaq recuou 1,01%. Na semana, as quedas foram de 1,67%, 1,39% e 1,44%, respectivamente.

Os juros dos Treasuries caíram nesta sexta-feira, como parte de um movimento global de demanda pela segurança de títulos públicos. O movimento reflete os sinais de que a campanha de bancos centrais contra a inflação terá impacto negativo sobre a atividade das principais economias do planeta.O dólar se valorizou, apoiado em geral por um quadro de cautela sobre a atividade global. No caso do euro, houve fraqueza após dados de atividade da região, com a libra também exibindo sinal negativo. Entre moedas emergentes, a lira turca renovou mínimas históricas, com investidores ainda céticos sobre o quadro no país. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,50%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR 

O índice de gerentes de compras (PMI) composto dos EUA, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 54,3 em maio para 53 em junho, atingindo o menor nível em três meses, de acordo com dados da S&P Global. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam queda do PMI composto a 53,3 neste mês.

Apenas o PMI de serviços americano recuou de 54,9 para 54,1 no mesmo período. O consenso da FactSet era de declínio um pouco maior, a 54. Já o PMI industrial dos EUA diminuiu de 48,4 em maio para 46,3 em junho, atingindo o menor patamar em seis meses. Neste caso, a previsão era de estabilidade em 48,4.

POLÍTICA NO BRASIL

O setor de serviços diz que a reforma tributária sobre consumo, conforme substitutivo apresentado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator do tema na Câmara dos Deputados, aumentará a carga tributária de vários de seus segmentos. A redução de alíquota de 50% para algumas atividades, como educação e saúde, não alivia o aumento da carga de tributos do setor como um todo, dizem entidades que representam os serviços. Elas defendem uma reforma que seja neutra para o setor. (Valor)

Com apoio da indústria nacional, a MDIC estima que a regulamentação do mercado de carbono está pronta para ser aprovada no Congresso Nacional. Ainda que o texto não esteja pronto, a expectativa é por amplo apoio no Legislativo, segundo o secretário Rodrigo Rollemberg. A expectativa é de envio do projeto em agosto para a Câmara dos Deputados, com perspectiva de aprovação até ou durante a realização da 28ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28) de Dubai, que inicia em 30 de novembro. A pauta é tida como uma das bandeiras do governo federal no sentido de estabelecer a chamada “política verde”. (CNN)

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