Arcabouço fiscal é aprovado na Câmara dos Deputados

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, a aprovação do texto do arcabouço fiscal na Câmara com regras mais duras é destaque. No exterior, o Fed divulga a Ata da última reunião do FOMC e o mercado acompanha o desenrolar das negociações do teto da dívida americana. Além disso, discursos de dirigentes dos principais Bancos Centrais também estão no radar.  
  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa, pressionadas ainda pela falta de avanços em negociações sobre o teto da dívida dos EUA. O índice japonês Nikkei caiu 0,89% em Tóquio, enquanto o Hang Seng recuou 1,62% e o Xangai Composto teve queda de 1,28%. 
  • Na Europa, as bolsas operam no vermelho, também pressionadas ainda pela falta de um acordo para elevar o teto da dívida dos EUA e também na esteira de dados preocupantes de inflação do Reino Unido. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,67%.
  • No Reino Unido, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) desacelerou para 8,7% em abril, mas ficou bem acima do esperado (8,1%), sugerindo que o Banco da Inglaterra (BoE) poderá ter de seguir elevando os juros para conter a alta dos preços.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em queda. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,68%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,43%, a US$ 77,94 o barril.
  • O ouro avança 0,11%%, a US$ 1.977,36 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,7 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-M (Mai)
  • 11:05 EUA: Discurso de Janet Yellen, Secretária do Tesouro
  • 13:10 EUA: Discurso de Waller, membro do Fed 
  • 14:45 Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE
  • 15:00 EUA: Ata da Reunião do FOMC

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa acompanhou o sinal do exterior e fechou em baixa de 0,26%, aos 109.928,53 pontos. Entre as ações de maior peso e liquidez, as da Petrobras (ON +2,08%, PN +2,46%) e dos grandes bancos (BB ON +2,35%, Bradesco PN +0,82%) foram o contraponto ao efeito de Vale (ON -2,26%) na sessão, refletindo queda de quase 3% do minério na China (Dalian), no limiar de US$ 100 por tonelada, em meio a dúvidas sobre a demanda. 

Os juros futuros fecharam em baixa, respaldados pelo otimismo sobre a votação do novo arcabouço fiscal na Câmara. Sinais de confiança emitidos pelos principais atores envolvidos na tramitação do texto em Brasília e a expectativa de um aumento de votos favoráveis deram apoio à devolução de prêmios, acelerada a partir do meio da tarde com a virada para baixo nos juros dos Treasuries.

Após trocas de sinal ao longo do dia, o dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,02%, cotado a R$ 4,9720. A instabilidade se deu por uma alta do dólar no exterior no ambiente de cautela diante das negociações do teto da dívida americana mas, ao mesmo tempo, com uma pressão de baixa internamente, com a perspectiva da aprovação do arcabouço, possivelmente com regras mais duras. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em mais uma queda impulsionada pela cautela diante das incertezas geradas pela falta de um acordo sobre o teto da dívida dos Estados Unidos. Há ceticismo sobre o prazo de 1º de junho que as autoridades deram para uma resolução, enquanto congressistas seguem sem concordar sobre quais ajustes terão de ser realizados. Além disso, as disputas sino-americanas, que nos últimos dias ganharam importantes contornos no setor de chips, seguem preocupando investidores. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,69%, enquanto o S&P 500 caiu 1,12% e o Nasdaq recuou 1,26%.

Os juros dos Treasuries perderam força ao longo dia e passaram a recuar no fim da tarde, em meio à cautela provocada pelo impasse do teto da dívida nos Estados Unidos, à medida que a deterioração do clima nas bolsas de Nova York ampliou a demanda pela segurança da renda fixa.

O dólar se valorizou frente ao euro e à libra, com investidores ainda bastante atentos às negociações para elevar o teto da dívida. Além disso, um dado fraco do Reino Unido pressionou a moeda britânica e outros indicadores também foram monitorados, ao lado de declarações de dirigentes de bancos centrais. Desse modo, o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou ganho de 0,28%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O índice de gerentes de compras (PMI) composto dos EUA, que engloba os setores industrial e de serviços, avançou de 53,4 em abril para 54,5 em maio, atingindo o maior nível em 13 meses, de acordo com os dados preliminares divulgados pela S&P Global. O resultado surpreendeu analistas consultados pela FactSet, que previam queda do PMI composto a 51,7 neste mês. O PMI de serviços dos EUA aumentou de 53,6 para 55,1 no mesmo período, igualmente batendo o maior patamar em 13 meses. Neste caso, a projeção era de recuo a 52,6.

ARCABOUÇO FISCAL:

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem (24), por 372 contra 108 votos, o substitutivo do novo arcabouço fiscal apresentado pelo relator da matéria, deputado Cláudio Cajado (PP-BA). O quórum da votação foi de 481. Apenas a federação PSOL-Rede – que integra a base do governo -, o PL e o Novo orientaram seus integrantes a votarem “não”, ou seja, contra o substitutivo do relator. O plenário também rejeitou todas as emendas apresentadas ao substitutivo, como também havia sido descartado no parecer de Cajado. A matéria agora segue para o Senado para aprovação. 

O texto, no entanto, sofreu algumas mudanças antes da votação após diálogo com líderes partidários e críticas feitas por agentes do mercado financeiro ao relatório inicial. Houveram alterações na i) correção de limite da despesa, corrigindo a inconsistência dos períodos do IPCA (para além de 2024); ii) no contingenciamento, visando proteger as emendas parlamentares; iii) no Fundeb, alterando o texto para limitar o crescimento em função da PEC do Fundeb; iv) e, por fim, na Regra para o resultado primário acima da banda que passa a ter um limite de 0,25% do PIB do ano anterior (não mais em relação a LOA), em caso de resultado acima do teto da banda.

POLÍTICA NO BRASIL:

O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirmou que o texto do novo arcabouço fiscal deve passar por duas comissões: pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), na Casa antes de ir para o plenário. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que ainda irá conversar com os líderes para definir a tramitação da proposta na Casa. A expectativa do governo é aprovar urgência para que a matéria vá direto para o plenário e não passe por comissões, assim como foi na Câmara. Contudo, Pacheco afirmou que o Congresso deve aprovar ainda no primeiro semestre. (Valor / Poder 360)

Após encontro nesta terça-feira (23) que marcou a sintonia entre Executivo e Legislativo sobre o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária, os presidentes das Casas mandaram um recado ao Palácio do Planalto. Tanto Rodrigo Pacheco (PSD-MG) quanto Arthur Lira (PP-AL) defenderam reformas aprovadas pelo parlamento, como a autonomia do BC, a capitalização da Eletrobras e o marco legal do saneamento. (Valor)

Em sua primeira manifestação sobre o tema, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, saiu em defesa do Ibama e disse na terça-feira (23) que o governo federal vai “cumprir a lei” e respeitará a decisão do órgão de rejeitar pedido da Petrobras para iniciar perfuração em área próxima da foz do Amazonas, na chamada Margem Equatorial. (Valor)

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