Mercado brasileiro abre de olho na prévia da inflação de abril

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, o mercado local olha para o IPCA-15 de abril e o desenrolar da proposta de instalação da CPMI das invasões às sedes dos poderes em Brasília de 8 de janeiro. Lá fora, o mercado segue acompanhando a situação do setor bancário após o First Republic Bank e as expectativas pela decisão do Fed da próxima semana.
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, enquanto investidores digeriram perdas em Wall Street causadas por preocupações renovadas com o setor bancário dos EUA. O índice Hang Seng avançou 0,71%, enquanto Nikkei recuou de 0,71% e o Xangai Composto registrou queda marginal de 0,02%.
  • Na Europa, os mercados acionários operam em baixa à medida que o temor com o setor bancário ofusca o entusiasmo com sólidos balanços das gigantes de tecnologia americanas Microsoft e Alphabet. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,71%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,40%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,04%, a US$ 80,74 o barril.
  • O ouro avança 0,07%, a US$ 1.999,65 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IPCA-15 (Abr)
  • 09:30 EUA: Pedidos de Bens Duráveis (Mar)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou a sessão em queda de 0,70%, aos 103.220,09 pontos, novamente pressionado pelo movimento de queda das commodities metálicas e, consequentemente, das ações de mineradoras e siderúrgicas. Além disso, o desempenho negativo dos mercados acionário americanos também impactaram o índice.

Os juros futuros de médio e longo prazos fecharam a sessão em queda, enquanto os curtos terminaram perto da estabilidade. O recuo firme nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano  ditou os rumos do mercado local, em um dia que também foi marcado pelo depoimento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao Senado.

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado, Roberto Campos Neto buscou explicar os motivos pelos quais o BC mantém uma política monetária restritiva e destacou a importância de se trabalhar pela manutenção da credibilidade da instituição junto a agentes econômicos, de modo a gerar condições para um horizonte de cortes de juros mais sustentável e um enfrentamento menos custoso à inflação. Pontuou também as sucessivas semanas de piora das expectativas inflacionárias. O presidente do Banco Central repetiu que não tem capacidade de informar quando vão começar a cortar a Selic, já que representa apenas um dos nove votos do Copom. “Tomaremos uma decisão técnica, olhando todos os fatores, e as coisas estão caminhando no sentido certo”.

O dólar à vista encerrou o pregão em alta de 0,46%, cotado a R$ 5,0650, com a moeda americana refletindo aqui sua dinâmica global, enquanto não houve grandes novidades no noticiário local. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em forte queda, provocada pela preocupação de que a economia dos Estados Unidos entre em recessão, após balanços decepcionantes para o mercado e a leitura fraca do índice de confiança do consumidor americano em abril. O índice Dow Jones recuou 1,02%, enquanto o S&P 500 cedeu 1,58% e o Nasdaq teve baixa de 1,98%.

Investidores reagiram aos relatos de que o First Republic Bank ainda busca uma solução para a pressão de liquidez que se seguiu à quebra do Silicon Valley Bank (SVB) em março. O banco registrou queda de 40% nos depósitos no primeiro trimestre ante os três meses finais de 2022 e avaliar vender ativos.

Os juros dos Treasuries recuaram, com o da T-note de 2 anos abaixo de 4%. O movimento reflete a alteração das estimativas de trajetória dos Fed Funds. A volta dos temores relativos ao sistema bancário, após o tombo nos depósitos do First Republic Bank, levou as projeções de alta de 25 bps na reunião da próxima semana de mais de 90% para 75%, de acordo com a ferramenta do CME Group.

O dólar se valorizou, em um ambiente de cautela nos mercados internacionais, após temores sobre o setor bancário serem renovados. O índice DXY registrou alta de 0,51%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

As vendas de moradias novas nos Estados Unidos subiram 9,6% em março na comparação mensal, ao ritmo anual sazonalmente ajustado de 683 mil unidades, de acordo com o Departamento de Comércio. O resultado ficou acima das expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam recuo de 0,9% no período.

O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos, medido pelo Conference Board, recuou de 104,0 em março para 101,3 em abril. Analistas ouvidos pelo WSJ previam estabilidade em 104,0.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

As vendas no varejo restrito recuaram 0,1% em fevereiro na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. O resultado ficou próximo à mediana (-0,2%). Em relação a fevereiro de 2022, o índice apresentou alta de 1,0%, enquanto o mercado esperava uma alta de 0,7%. Já, em 12 meses, o índice acumula 1,3%. Para ler o relatório completo da Órama, acesse aqui.

Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 7,673 bilhões em março, de acordo com o Banco Central. No mesmo período do ano passado, o montante havia sido de US$ 6,875 bilhões. Em fevereiro, entraram US$ 6,451 bilhões em IDP. O resultado ficou dentro das estimativas que iam de US$ 5,012 bilhões a US$ 12,000 bilhões, mas aquém da mediana de US$ 9,400 bilhões.

POLÍTICA NO BRASIL

Nome mais influente do União Brasil no Senado, Davi Alcolumbre (AP) deve ser, na Casa Alta, o relator do arcabouço fiscal. Ele é um dos elos entre o Palácio do Planalto e o partido nascido da junção entre DEM e PSL. O senador foi quem deu as cartas nas indicações ministeriais de sua legenda. (Poder 360)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira (25/04) que o texto do novo arcabouço fiscal deve passar por ajustes na Câmara e no Senado e acrescentou que o Congresso não permitirá “retrocessos”. Durante a convenção nacional do PP, Lira disse ainda que o partido seguirá defendendo que o governo não gaste mais do que arrecada. (Valor)

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (25/04), por 238 votos a 192, requerimento de urgência para levar direto ao plenário o projeto de lei de regulação das redes sociais e que criminaliza a disseminação de “fake news”. Com isso, a proposta não precisa passar pelas comissões e pode ser pautada direto no plenário, o que deve ocorrer na terça-feira (2 de maio). (Valor)

O presidente Lula (PT) esteve na manhã desta quarta-feira (26/04) com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez. O encontro foi realizado no Palácio da Moncloa, em Madri. Foram assinados 3 memorandos de cooperação entre os 2 países. Os líderes também abordaram a guerra na Ucrânia e o acordo comercial entre o Mercosul e a UE (União Europeia), facilitado pela presidência espanhola na UE e brasileira no Mercosul no 2º semestre de 2023.  (Poder 360)

PAINEL DE COTAÇÕES

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