Mercado acompanha entrega do novo arcabouço fiscal ao Congresso

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, o mercado acompanha a entrega da proposta do novo arcabouço fiscal do governo ao Congresso Nacional. No exterior, com agenda econômica mais fraca, as atenções ficam em balanços de bancos e empresas dos EUA, como Bank of America, Goldman Sachs e Netflix.
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, após a publicação de dados econômicos mistos da China. O índice Hang Seng caiu 0,63%, enquanto Nikkei registrou alta de 0,51% e o Xangai Composto avançou 0,23%.
  • O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,5% no primeiro trimestre de 2023, ante igual período de 2022, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS). O resultado superou a expectativa de alta de 4,0%.
  • A Produção Industrial da China cresceu 3,9% em março, ante igual período do ano passado. O dado veio abaixo da previsão de analistas, que esperavam crescimento de 4,1%,
  • Na Europa, os mercados acionários operam em alta à espera de mais balanços de grandes bancos dos EUA para avaliar a saúde do sistema bancário americano. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,25%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,60%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,45%, a US$ 84,38 o barril.
  • O ouro avança 0,40%, a US$ 2.003,15 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,7 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:00 Zona do Euro: Discurso de Membro do BCE
  • 14:00 EUA: Discurso de Membro do FOMC

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa iniciou a semana em leve queda de 0,25%, aos 106.016 pontos, ampliando movimento de correção visto no fim da semana passada. Investidores aguardam o detalhamento do texto do novo arcabouço fiscal, que deve ser apresentado hoje (18), segundo o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães. Na sessão, a 3R Petroleum ON tombou 15,70%, após anunciar aumento de até 899 milhões via emissão de novas ações.

Os juros futuros terminaram a sessão perto dos ajustes anteriores, na ausência de um condutor firme para os negócios, à medida que os investidores seguem aguardando o envio da proposta do arcabouço fiscal.

O dólar à vista fechou em alta de 0,47%, cotado a R$ 4,9380. Investidores apoiaram-se na alta da moeda americana lá fora para promover ajustes e realizar lucros no mercado doméstico de câmbio, em ambiente de liquidez reduzida. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta, diante da divulgação dos primeiros balanços da atual temporada de resultados corporativos e na esteira de dados econômicos fortes. O índice Dow Jones subiu 0,30%, enquanto o S&P 500 ganhou 0,33% e o Nasdaq avançou 0,28%.

Os mercados nos EUA consolidaram ainda mais sua aposta de que o Fed deve subir novamente os juros na próxima reunião de política monetária. De acordo com o CME Group, atualmente 85% do mercado acredita em uma alta de 25 bps na reunião de maio, enquanto, há uma semana, o percentual estava na casa dos 70%. Assim, os rendimentos dos Treasuries e o dólar subiram, com o índice DXY registrando alta de 0,54%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de Atividade Industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, subiu de -24,6 em março para 10,8 em abril, atingindo o maior nível desde julho do ano passado, de acordo com pesquisa divulgada pela distrital do Fed em Nova York. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço do indicador a -15 neste mês. 

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

Apesar do bom resultado do IPCA de março, as projeções do mercado para o indicador em 2023 e 2024 aumentaram no Boletim Focus, o que tem preocupado o Banco Central. A estimativa para o IPCA deste ano passou de 5,98% para 6,01%. Um mês antes, a mediana era de 5,95%. Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção também avançou, de 4,14% para 4,18%.

A mediana para Selic no fim de 2023 baixou de 12,75% para 12,50% ao ano, após oito semanas de estabilidade. Para o término de 2024, a expectativa continuou em 10,00%. 

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) de janeiro de 2023 recuou 0,04% na comparação mensal, dentro das estimativas que oscilavam entre -1,70% e +0,70%, com mediana de -0,30%. Na comparação com janeiro de 2022, o índice apresentou alta de 3,03%, melhor índice da série para o mês de janeiro desde 2015. Nesse caso, as estimativas tinham mediana de +2,50%, variando entre +1,00% e 3,90%. Para ler o relatório completo da Órama, acesse aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que “não há a menor chance de o presidente não dar aumento real do salário mínimo em 2024”. As projeções que constam no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado ao Congresso Nacional consideram somente a variação pela inflação, mas a pasta vem explicando desde sexta-feira que vai considerar o aumento real assim que definido. (Valor)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve entregar o texto do novo teto de gastos ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça-feira (18/04). Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a proposta deve ser entregue depois de reunião com governadores e prefeitos sobre segurança escolar, marcada para às 9h30. (Poder 360)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se reuniu com representantes dos bancos e entidades do setor para debater como reduzir o nível de juros do cartão de crédito rotativo. Segundo ele, será apresentado um estudo e o Banco Central (BC) será envolvido na discussão. (Valor)

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