Em dia de Ata do Copom, Ibovespa tem alta de 1,52%

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única. Em Hong Kong o índice foi impulsionado por ações do Alibaba, ao passo que em Xangai o mercado foi pressionado por dúvidas sobre a recuperação da China. O índice Hang Seng subiu 2,06%, enquanto Xangai Composto caiu 0,16% e o Nikkei registrou alta de 1,33%.
  • Na Europa, os mercados acionários operam em alta, após o UBS anunciar que Sergio Ermotti voltará a ser seu CEO, à medida que o gigante bancário suíço inicia uma nova fase depois de assumir o controle do Credit Suisse. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,94%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,53%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,92%, a US$ 79,37 o barril.
  • O ouro recua 0,33%, a US$ 1.966,96 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28,3 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Índice de Preços ao Produtor (IPP) (Fev)
  • 09:30 Brasil: Empréstimos Bancários (Fev)
  • 14:30 Brasil: Índice de Evolução de Emprego do CAGED (Fev)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa emendou o terceiro dia de ganhos em dia de divulgação da Ata do Copom, que contribuiu para apreciar o real frente ao dólar, impulsionado também pelo recuo para a moeda americana no exterior. No fechamento, a referência da B3 mostrava alta de 1,52%, aos 101.185,09 pontos.

A curva de juros futuros perdeu inclinação na sessão, resultado do aumento das taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) na parte curta da curva. O movimento refletiu os comentários do Banco Central na ata do Comitê de Política Monetária. 

O dólar fechou cotado a R$ 5,1650, em queda de 0,80%, com a entrada de fluxo estrangeiro no mercado brasileiro.

ATA DO COPOM:

A ata do Copom não apresentou grandes novidades em relação ao comunicado pós-encontro da semana passada. Era especulado que o documento pudesse vir com um viés mais friendly, sugerindo alguma sinalização de quedas de juros para “breve”.

Alguns pontos interessantes merecem ser destacados: a ata deu bastante ênfase sobre a importância da harmonização entre as políticas monetária e fiscal e de que a inflação é afetada principalmente pelas expectativas. Nesse sentido alertou para eventuais medidas “parafiscais” e seus efeitos sobre aquelas. Além disso, também foi enfatizado que o  processo de desinflação demanda serenidade e paciência para os objetivos serem concretizados.

A despeito de um parágrafo dedicado à importância da responsabilidade fiscal, e o novo arcabouço a ser discutido pelo Congresso, não transpareceu que o Copom possa iniciar o processo de queda nas taxas na próxima reunião. Em nossa leitura, ficou claro que esse movimento só ocorrerá quando o colegiado se sentir seguro de que o processo de convergência da inflação em relação às metas esteja efetivamente em curso.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, pressionadas por papéis de tecnologia e comunicação. No radar, investidores ponderam sobre preocupações com o sistema bancário dos Estados Unidos. O Dow Jones fechou em queda de 0,12%, enquanto o S&P 500 recuou 0,16% e o Nasdaq teve baixa de 0,45%.

Os retornos dos Treasuries terminaram sem sinal único, em quadro de menor cautela com o setor bancário, embora analistas em geral não descartem mais turbulências adiante. Além disso, houve um aumento na chance de que o Fed eleve os juros na próxima reunião, no início de maio, segundo o monitoramento do CME Group, ainda que a manutenção continue a ser apontada como mais provável (60%), e analistas avaliaram declarações de dirigentes do Fed.

O vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, testemunhou no Senado americano, reforçando a resiliência do setor bancário dos EUA. Barr ainda afirmou que o SVB quebrou por ter falhado em medir os riscos das altas de juros e dos problemas de liquidez. Ao passo que o presidente da distrital de St. Louis, James Bullard, defendeu em artigo que a manutenção apropriada da política macroprudencial pode conter estresses financeiros.

O dólar recuou ante boa parte dos rivais, à medida que investidores digerem o arrefecimento nas preocupações com o setor bancário. O índice DXY caiu 0,41%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos subiu de 103,4 em fevereiro para 104,2 em março, de acordo com a pesquisa divulgada pelo Conference Board. O resultado de março surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda a 100,7. 

POLÍTICA NO BRASIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (28) que o governo apresentará o novo teto de gastos nesta semana. De acordo com ele, haverá uma reunião final na hoje (29) para tratar sobre a nova regra fiscal. O encontro terá a participação de Lula, Haddad e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. (Poder 360)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acenou positivamente ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em reunião nesta terça-feira (28). O senador agradeceu ao colega pelo gesto de admitir a volta das comissões mistas. Não deu certeza, porém, que o Senado acatará as propostas sugeridas pela Câmara para alterar a composição e o funcionamento dos colegiados. Pacheco disse que levará as ideias aos líderes da Casa Alta. (Poder 360)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse na terça-feira (28) que “a taxa de juros no Brasil está muito alta”. A afirmação veio por meio de nota após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. Na conversa, ele prometeu dar celeridade à votação do arcabouço fiscal, que será apresentado nos próximos dias pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Valor)

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares