Na última reunião do ano, o Copom mantém a Selic em 13,75% a.a.
NESTA MANHÃ
- As bolsas asiáticas fecharam com viés de baixa, seguindo o ritmo de NY à medida em que ponderam preocupações quanto ao aperto monetário e possível recessão da economia global. Na contramão, a bolsa de Hong Kong, Hang Seng, subiu 3,38% após veículos da imprensa local afirmarem que o governo da região autônoma chinesa está considerando relaxar suas restrições contra a covid-19, após o governo central de Pequim tomar decisões nesse sentido. Enquanto o índice Xangai Composto caiu 0,07% e o Nikkei recuou 0,40%.
- Na Europa, as bolsas operam sem fôlego. Investidores seguem apreensivos antes das próximas decisões monetárias do Fed, BCE e BoE, que saem semana que vem, e na possibilidade de uma recessão da economia global em 2023. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,34%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem força.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,44%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,36%, a US$ 77,45 o barril.
- O ouro recua 0,18%, a US$ 1.782,54 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 16,7 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: Vendas no Varejo (Nov)
- 09:00 União Europeia: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE
- 15:00 União Europeia: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa chegou a acentuar perdas no começo da tarde, mas conseguiu brecar a piora mesmo com o desempenho negativo de Petrobras (ON -1,51%, PN -1,13%), dos grandes bancos (à exceção de Unit Santander +0,22%) e, em especial, de Vale (-3,56%), pressionada desde cedo pela decepção dos investidores com os dados de produção em novembro. Ao fim, a referência da B3 mostrava recuo de 1,02%, aos 109.068,55 pontos.
Os juros futuros fecharam a quarta-feira de decisão do Copom em queda, acentuada no período da tarde, quando cresceram as expectativas de nova desidratação da PEC da Transição a ser votada no plenário do Senado e, posteriormente, na Câmara.
Com exceção de um movimento pontual de alta no início dos negócios, o dólar trabalhou durante toda esta quarta-feira em queda ante o real. Localmente, a expectativa em torno da votação da PEC da Transição no Senado gerou mais um dia de alívio a ativos que acumularam muito prêmio ao longo do debate da proposta, nos últimos 35 dias. Externamente, houve influência da fraqueza da moeda americana ante pares fortes, dado o temor com o crescimento dos Estados Unidos, e emergentes, impulsionadas pelo noticiário da China. Desse modo, o dólar fechou em queda de 1,20%, cotado a R$ 5,2060.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em baixa por mais uma sessão consecutiva, outra vez pressionadas pelas perspectivas para o aperto monetário pelo Fed. Sinais da economia americana apresentam um quadro que pode manter as taxas de juros elevadas por mais tempo para buscar conter a inflação no país, em um quadro no qual uma recessão em 2023 não é descartada. Além disso, os riscos geopolíticos seguem levados em conta, uma vez que o presidente russo, Vladimir Putin, fez declarações sobre uma eventual escalada nuclear, dizendo que tais meios podem servir como dissuasão na Ucrânia. O índice Dow Jones fechou estável, enquanto o S&P 500 recuou 0,19% e o Nasdaq teve baixa de 0,51%.
Os rendimentos dos Treasuries operaram em baixa, em uma sessão na qual os temores com a economia apoiaram a compra de títulos públicos americanos. Sinais de que o aperto monetário do Fed poderá ter que ser mais longo para conter a inflação, ainda que exista risco de uma recessão, pressionaram os juros. Além disso, as tensões geopolíticas aumentaram a cautela.
O euro e a libra se valorizaram ante o dólar. O dólar não mostrou fôlego, em dia de poucos drivers para a moeda americana. Assim, o índice DXY caiu 0,45%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
Na oitava e última reunião de 2022, o Copom do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% a.a. A opção pela continuidade da política monetária austera era consenso no mercado. A grande expectativa estava relacionada em como os diretores do BC iriam se manifestar sobre a situação fiscal no comunicado pós-encontro e, mais ainda, na ata da semana que vem. No comunicado, o Copom salientou os fatores de risco existentes, domésticos e externos, porém dando significativa ênfase às incertezas em relação à qualidade da política fiscal a ser conduzida a partir de agora.
Para ler o comentário completo do Comunicado do Copom, acesse aqui.
POLÍTICA NO BRASIL
O plenário do Senado aprovou em dois turnos na quarta-feira, com ampla margem, a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição, que eleva em R$ 145 bilhões o limite do teto de gastos e retira pouco mais de R$ 60 bilhões do mecanismo de controle fiscal durante os anos de 2023 e 2024. Agora a matéria seguirá para a Câmara, que já discute reduzir seu impacto financeiro. A votação foi o primeiro teste de governabilidade do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, que assume em janeiro. A PEC aprovada também cria uma obrigação para que o novo governo apresente uma lei complementar para instituição de um “novo arcabouço fiscal”. Pela versão final do projeto, essa proposta deverá ser encaminhada pelo presidente da República ao Congresso Nacional até agosto de 2023. (Valor)
Depois das sustentações orais das partes e entidades interessadas no caso do orçamento secreto, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a sessão para continuidade na próxima semana, quando serão colhidos os votos dos ministros — a começar pelo da relatora, ministra Rosa Weber. Havia uma expectativa de que pelo menos ela pudesse proferir seu voto nesta quarta-feira (07), mas não houve tempo hábil. A retomada do julgamento ficou para a quarta-feira, dia 14. (Valor)
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