Otimismo com o ambiente externo e PEC desidratada impulsionam o mercado
NESTA MANHÃ
- As bolsas na Ásia encerraram o pregão em alta, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizar que a entidade vai reduzir o ritmo do seu aperto monetário a partir deste mês. Além disso, há contínuo otimismo quanto à China, que tem aos poucos relaxado restrições contra a covid-19 no país, em resposta aos protestos que ocorreram nos últimos dias. O índice Xangai Composto fechou em alta de 0,45%, enquanto o Hang Seng subiu 0,75% e o Nikkei ganhou 0,92%.
- Na Europa, as bolsas também operam em alta pelos mesmos motivos, influenciadas pela perspectiva de mudança na política monetária americana e otimismo em relação à possibilidade de relaxamento do covid-zero na China. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,75%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street recuam levemente após o avanço expressivo de ontem. Hoje, os investidores focam no índice PCE, medida inflacionária preferida do Fed, que sai ás 10:30.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,6016%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,32%, a US$ 87,25 o barril.
- O ouro está de lado, a US$ 1.778,36 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 16,99 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: PIB (3° Trimestre)
- 10:00 Brasil: PMI S&P Global (Nov)
- 10:30 EUA: Índice de Preços PCE (Out)
- 11:45 EUA: PMI Industrial (Nov)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa mostrava indecisão quanto ao sinal do dia até o início da fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no meio da tarde, quando então, acompanhando a melhora em Nova York, firmou-se em alta, acentuando os ganhos perto do fechamento. Ao fim, a referência da B3 teve avanço de 1,42%, aos 112.486,01 pontos.
Os juros futuros fecharam em queda a sessão marcada pela volatilidade, com os investidores propensos a uma realização de lucros, mas ao tempo dividindo atenções entre as perspectivas para a PEC da Transição e o exterior, onde as apostas numa flexibilização das restrições de mobilidade na China continuaram dando suporte a moedas de países exportadores de commodities, como o real. No fechamento, prevaleceu o sinal de baixa, após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicar que a PEC, como está, não passa. Houve ainda contribuição do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que ao retirar pressão dos Treasuries, respingou por aqui também.
Sinais mais fortes de que a PEC da Transição será desidratada no Congresso Nacional e uma melhora do apetite por risco no exterior ao longo da tarde, na esteira de discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, abriram espaço para uma forte onda de apreciação do real que levou o dólar a encerrar a sessão e baixa de 1,63%, cotado a R$ 5,2020.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York fecharam em alta, após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, indicar que o momento de diminuir o ritmo de aumento das taxas de juros nos Estados Unidos pode chegar ainda em dezembro. Os negócios também foram orientados pela publicação de dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e pela divulgação do Livro Bege, pelo Fed. O índice Dow Jones subiu 2,18%, enquanto o S&P 500 avançou 3,09% e o Nasdaq +4,41%.
Os rendimentos dos Treasuries operaram em baixa, sendo pressionados e atingindo as mínimas do dia após declarações de Powell. O dirigente, além de apontar para uma desaceleração na alta de juros nos Estados Unidos em dezembro, indicou confiança de que a economia do país ainda irá conseguir realizar o que chama de “pouso suave”. Agora, investidores aguardam a publicação do payroll de novembro americano, que será feita na sexta-feira (02), e deverá dar maiores indicações sobre a política do Fed.
Com isso, o dólar operou em baixa ante moedas rivais e o índice DXY caiu 0,93%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,9% no terceiro trimestre de 2022, a ritmo anualizado, de acordo com a segunda leitura do indicador, divulgada pelo Departamento do Comércio. A primeira leitura indicava avanço menor da economia americana, de 2,6%. O número revisado ainda ficou acima do previsto por analistas consultados pelo WSJ, que previam avanço anualizado de 2,7%.
Os juros e a inflação continuam pesando sobre a atividade econômica dos Estados Unidos, aumentando a incerteza ou pessimismo em relação às perspectivas, conforme informam empresários consultados pelo Federal Reserve (Fed) para o Livro Bege. O documento é uma espécie de sumário das condições econômicas do país e serve de base para as decisões de política monetária do banco central. O relatório destaca que a atividade econômica ficou estável ou subiu levemente desde a divulgação do Livro Bege anterior, em meados de outubro. Entretanto, a inflação levou consumidores a substituir produtos por outros mais baratos. Os gastos do consumidor excluindo veículos, de acordo com o levantamento, ficaram mistos, mas de forma geral tiveram leves ganhos.
Na análise de setores, o Livro Bege indica que juros mais altos prejudicaram “ainda mais” as vendas de casas, que diminuíram a um ritmo moderado em geral, mas caíram acentuadamente em alguns distritos. Já a construção residencial caiu ainda em um ritmo modesto, enquanto a construção não residencial foi misturada, mas ligeiramente abaixo da média.
NDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A taxa de desemprego no Brasil voltou a cair no trimestre móvel encerrado em outubro para 8,3%. O resultado, abaixo do esperado, refletiu avanço na criação do emprego com carteira assinada e no setor público e queda da informalidade. No médio prazo, contudo, a tendência é de desaceleração do mercado de trabalho, com alta da população desempregada e queda da ocupada, como consequência da política monetária restritiva na economia, alertam economistas. (Valor)
POLÍTICA NO BRASIL
A bancada do PP no Senado decidiu por unanimidade que apoiará a PEC da Transição, que permite furar o teto de gastos para assegurar o pagamento do Auxílio Brasil no valor de R$ 600. O PP porém defende a vigência de um ano dos efeitos da PEC. (Poder360)
O ex-ministro Nelson Barbosa, integrante do Grupo Técnico (GT) de Economia da equipe de transição, afirmou nesta quarta-feira foi pedido para que se estudasse a divisão do Ministério da Economia em três: Ministério do Planejamento, Ministério da Economia e Ministério da Indústria e Comércio. (Valor)
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