Protestos na China e PEC de Transição
NESTA MANHÃ
- As bolsas asiáticas fecharam em alta, apoiadas por rumores de que a China poderia abandonar sua política de “covid-zero” antes do previsto, em resposta aos recentes protestos no país. O Conselho Estatal do país, equivalente ao gabinete do governo, realizou reunião sobre o tema, mas nenhuma mudança significativa da postura rígida de Pequim foi anunciada por enquanto. O índice Xangai Composto fechou em alta de 2,31%, enquanto o Hang Seng disparou 5,24%. O Nikkei foi exceção e caiu 0,48%.
- Na Europa, as bolsas não firmaram direção única, após uma abertura positiva impulsionada por rumores de que a China possa abandonar sua política de covid-zero antes do esperado, diante dos recentes protestos no país. O mercado ainda foca em falas de importantes dirigentes de bancos centrais europeus, antes de dados inflacionários da Alemanha. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,27%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,65%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 2,86%, a US$ 85,57 o barril.
- O ouro avança 0,84%, a US$ 1.755,51 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 16,3 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: CAGED (Out)
- 09:00 Brasil: IGP-M (Nov)
- 09:00 Brasil: Índice de Preços ao Produtor IPP (Out)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
A acentuação de perdas em Nova York no meio da tarde, limitou a alta do Ibovespa e, ao fim, colocou o índice em leve baixa de 0,18%, aos 108.782,15 pontos. Na sessão, a referência da B3 oscilou entre mínima de 108.377,75 e máxima de 109.476,06 pontos, saindo de abertura aos 108.976,70. O giro financeiro ficou limitado a R$ 22,2 bilhões na sessão. No mês, o Ibovespa cede 6,25%, com ganho no ano de 3,78%.
Os juros futuros fecharam a sessão em baixa, aparando parte do forte avanço da sessão anterior, mas num ambiente de liquidez limitada. O ajuste foi determinado pela melhora na perspectiva fiscal para a PEC da Transição e um cenário de maior cautela no exterior, com a Covid ameaçando novamente a economia da China. As taxas chegaram a recuar mais de 30 pontos-base na ponta longa no fim da manhã, mas desaceleraram o ritmo na segunda etapa, acompanhando a piora no mercado de Treasuries.
O dólar abriu a semana em baixa no mercado doméstico de câmbio, devolvendo parte da valorização de sexta-feira (25), em meio ao desconforto com declarações do ex-prefeito Fernando Haddad, nome mais cotado para ocupar o Ministério da Fazenda. Operadores afirmam que, embora o ambiente ainda seja de cautela, a perspectiva de desidratação da PEC da Transição e da indicação de integrantes da equipe econômica, com a presença do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, abriu espaço para ajustes e movimento de realização de lucros. Com isso, a moeda encerrou o pregão cotadaa R$ 5,3661, com baixa de 0,61%.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em uma sessão cautelosa, na qual a economia chinesa entrou em foco. A onda de protestos contra a política de covid zero do país levantou preocupações sobre as perspectivas locais, uma vez que podem colocar pressão nas políticas governamentais. Ações ligadas a commodities estiveram entre as mais prejudicadas. Enquanto isso, a postura do Fed seguiu alvo de atenção, com dirigentes da autoridade fazendo declarações em uma semana que contou com a publicação do payroll dos Estados Unidos em novembro. O índice Dow Jones caiu 1,45%, enquanto o S&P 500 recuou 1,54% e o Nasdaq teve baixa 1,58%.
Os rendimentos dos Treasuries operaram em baixa, em uma sessão atenta a discursos de dirigentes do Fed. As autoridades seguem reforçando a intenção de combater a inflação nos Estados Unidos, e dão indicações de que o processo de restrição da economia poderá durar ainda por algum tempo. Nesta semana, uma série de dados deverá abrir espaço para maiores interpretações sobre a postura do banco central americano.
O dólar operou em alta, em uma sessão com aversão a riscos, especialmente por conta dos temores com a economia chinesa. A onda de protestos no país por conta da política covid zero levantou preocupações sobre a possível reação do governo local, o que pode impactar a atividade. Além disso, declarações de dirigentes dos principais bancos centrais foram acompanhadas, com reforço do comprometimento no combate à inflação. Desse modo, o índice DXY subiu 0,61%.
POLÍTICA NO BRASIL
Após três semanas de negociação, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) protocolou nesta segunda-feira (28) a PEC da Transição, proposta de emenda constitucional com a qual o governo eleito espera autorização para gastar pelo menos R$ 198 bilhões fora do teto por ano, entre despesas com o novo Bolsa Família e investimentos públicos. O emedebista, que relatará o Orçamento de 2023, desistiu de um texto de consenso antes de apresentar a proposta. A negociação agora se dará durante o processo de tramitação. O texto protocolado tem duas mudanças em relação à minuta entregue pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) a senadores há duas semanas: limita o período de retirada do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) do teto de gastos a quatro anos e impede a liberação de recursos já neste ano, ao estabelecer que a exclusão entrará em vigor só em 2023. (Valor)
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