Mercados sobem após resultado do payroll reforçar que o Fed deve seguir com o aperto monetário

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • Os mercados acionários da Ásia tiveram pregão positivo. O mercado japonês mostrou mais força, com ações de eletrônicos e de empresas ligadas ao comércio após o payroll, mas Xangai também subiu, ainda em meio a especulações sobre os próximos passos na política da China contra a covid-19. O índice Xangai Composto fechou em alta de 0,23%, enquanto o Hang Seng ganhou 2,69% e o Nikkei subiu 1,21%.
  • Na Europa, as bolsas abriram com viés de baixa, mas melhoraram nas primeiras horas do pregão, operando em quadro misto. Sinais da economia da região e também da China estão no radar dos investidores. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,54%.
  • A produção industrial da Alemanha cresceu 0,6% em setembro na comparação com agosto, após ajustes sazonais, conforme informou o Destatis. Analistas ouvidos pelo WSJ previam aumento de 0,1%. Na comparação anual, houve alta de 2,6% na produção industrial alemã em setembro.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam em alta. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,14%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,04%, a US$ 98,61 o barril.
  • O ouro recua 0,15%, a US$ 1.678,55 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 20,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus 
  • 12:00 EUA: Índice de Tendência de Emprego (Out)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:

A semana pós-eleitoral foi de ganho de 3,16% do Ibovespa, com o investidor, em maior medida, assimilando o processo de transição de governo no Brasil, sem deixar de lado o passo da política monetária dos países desenvolvidos e o desenrolar da atividade econômica na China. O índice fechou aos 118.155,46 pontos, com valorização de 1,08% na sessão. 

A semana pós-segundo turno terminou com juros em queda em toda a extensão da curva. A redução nos prêmios se deu pela melhora da percepção de risco político advinda do processo eleitoral e clima mais ameno no exterior. Apesar das incertezas fiscais e da ansiedade por nomes da nova equipe econômica, a semana se encerra com alívio nas chances de contestação do resultado das urnas, dispersão dos bloqueios e protestos nas rodovias e andamento célere do processo de transição, focado na busca de recursos para cumprir promessas de campanha. Lá fora, notícias positivas da China e o payroll nos EUA absorvido sem traumas deram suporte para o rali dos ativos locais. Na semana, as taxas longas caíram em ritmo mais forte que as demais e a curva perdeu inclinação.

O dólar voltou a apresentar forte queda no mercado doméstico de câmbio na sessão de sexta-feira (04), em meio a relatos de entrada de fluxo externo para ativos domésticos. De acordo com analistas, a consolidação de uma transição de governo sem rupturas, com esvaziamento dos protestos pró-Bolsonaro, somaram-se a baixa global da moeda americana e a valorização das commodities diante de sinais de que a China vai relaxar a política de covid zero. Desse modo, o dólar fechou em queda de 1,25% na sessão, cotado a R$ 5,0620, e acumulou desvalorização de 4,49% na semana.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta, após fortes quedas nos últimos dias, e seguindo a publicação de um relatório misto de empregos (payroll) nos Estados Unidos em outubro. As perspectivas para a continuidade do aperto monetário do Fed foram em grande parte mantidas, o que deu algum impulso às ações após sinalizações recentes de que a autoridade poderia fazer elevações de juros ainda maiores. No fechamento, o Dow Jones subiu 1,26%, enquanto o S&P 500 ganhou 1,36% e o Nasdaq teve alta de 1,28%. Ao passo que na semana, as quedas foram de 1,40%, 3,35% e 5,65%, respectivamente.

Os juros longos dos Treasuries ficaram em alta, após a divulgação do relatório do payroll, que corroborou com a expectativa de que o Fed deve continuar com seu tom hawkish. Porém, os dados não foram suficientes para cravar uma expectativa majoritária de alta de 50 pontos-base (pb) ou 75 pb entre os analistas, que avaliam que as duas opções estão na mesa. Comentários de dirigentes do BC americano também falam em arrefecimento do ritmo de aperto monetário.

O dólar desvalorizou ante moedas competitivas, com isso o índice DXY caiu 1,81% na sessão e acumulou alta de 0,11% na semana. Nos Estados Unidos, investidores digeriram o resultado mais forte que o previsto no payroll, e a posição a ser adotada pelo Fed. Enquanto na China, destaque para as especulações sobre possível flexibilização na dura política contra avanço da covid-19.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

A economia dos Estados Unidos gerou 261 mil empregos em outubro, em termos líquidos, de acordo com o Departamento do Trabalho. O resultado superou a previsão de 200 mil vagas na mediana das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Ao passo que a taxa de desemprego avançou de 3,5% em setembro a 3,7% em outubro, quando analistas previam alta menor, a 3,6%. Ainda em outubro, o salário médio por hora teve alta de 0,37% ante o mês anterior, a US$ 32,58, e na comparação anual o avanço foi de 4,73%. As previsões, neste caso, eram de altas de 0,3% e 4,7%, respectivamente.

Além disso, o Departamento do Trabalho ainda revisou dados de meses recentes. Em agosto, a geração de empregos foi revisada de 315 mil para 292 mil. Já em setembro ela mudou de 263 mil a 315 mil. Somadas, as vagas criadas nos dois meses anteriores foram 29 mil a mais do que o antes calculado, conforme aponta o órgão. Enquanto a taxa de participação da força de trabalho recuou de 62,3% em setembro a 62,2% em outubro.

Para ler mais sobre o payroll, acesse nosso relatório completo aqui.

POLÍTICA NO BRASIL: 

Os economistas André Lara Resende, Guilherme Mello e Persio Arida foram convidados a integrar a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, conforme apurou o Valor Econômico. De acordo com o jornal, Lara Resende teria aceito o convite. Lara Resende e Arida figuram entre os criadores do Plano Real, que conseguiu debelar a hiperinflação no Brasil nos anos 1990. Mello, por sua vez, auxiliou na redação do programa de governo de Lula e também fará parte da equipe de transição. A expectativa é que os nomes sejam formalizados nesta segunda-feira (07). (Valor)

Além disso, o presidente eleito formalizou convite ao governador Rui Costa (PT) para compor o novo governo. O destino mais provável do baiano seria o Ministério das Cidades, que foi extinto na gestão Jair Bolsonaro e fundido com Integração Nacional para formar o Ministério do Desenvolvimento Regional. A pasta deverá ser recriada. (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

PAINEL DE COTAÇÕES

Rating: 5 out of 5.

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares