Mercados internacionais operam em alta em dia de payroll
NESTA MANHÃ
- As bolsas na Ásia fecharam com viés positivo. Novas especulações de que a China pode relaxar sua política mais rígida contra a covid-19, que pesa na atividade local, influíram nos negócios. O índice Xangai Composto fechou em alta de 2,43%, enquanto o Hang Seng disparou 5,36%. Contudo, em Tóquio, o Nikkei foi na contramão dos outros índices e recuou 1,68%, em meio a balanços modestos no setor de tecnologia.
- Na Europa, as bolsas operam em alta, seguindo os futuros de Nova York, no entanto, em ritmo mais modesto diante da divulgação fraca de indicadores econômicos no bloco. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 1,31%.
- O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, que abrange a indústria e serviços, caiu de 48,1 em setembro a 47,3 na leitura final de outubro, para a mínima em 23 meses, conforme informou a S&P Global. O PMI do setor de serviços teve queda de 48,8 em setembro a 48,6 em outubro, na mínima em 20 meses, mas um pouco acima da previsão de 48,2 dos analistas ouvidos pelo WSJ.
- O índice de preços ao produtor (PPI) da zona do euro cresceu 1,6% em setembro ante agosto, em linha com o previsto pelos analistas ouvidos pelo WSJ. Na comparação anual, o PPI avançou 41,9% em setembro, um pouco abaixo da previsão de alta de 42,1% dos analistas. Apenas no setor de energia, a alta anual nos preços ao produtor supera 100%, tendo ficado em 108,2% em setembro.
- As encomendas à indústria da Alemanha registraram queda de 4,0% em setembro na comparação com agosto, após ajustes sazonais, conforme informou o Destatis. Analistas ouvidos pelo WSJ previam recuo de 0,5%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam no positivo.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,14%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 2,82%, a US$ 97,34 o barril.
- O ouro avança 1,25%, a US$ 1.650,45 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 20,6 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:30 EUA: Relatório de Emprego Payroll (Out)
- 10:00 Brasil: PMI S&P Global (Out)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:
O Ibovespa sucumbiu ao cenário externo, encerrando o dia aos 116.896,36 pontos, desvalorização de 0,03%. A baixa forte da Vale ON (-2,92%) pesou sobre o índice ao final do dia, tirando-o do terreno positivo que vinha sustentando no começo da tarde. Os investidores passaram o dia divididos entre os desdobramentos da transição de governo e o olhar para o cenário externo.
Os juros futuros estiveram em alta durante toda a sessão, espelhando a cautela do ambiente internacional e preocupações com a área fiscal em 2023, que já pautaram a reunião inicial da equipe de transição do novo governo com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. As declarações hawkish do presidente do Fed, Jerome Powell, após a reunião de política monetária, exigiram um ajuste dos ativos locais, com a curva na B3 acompanhando a trajetória ascendente do retorno dos Treasuries.
O dólar à vista perdeu força no mercado doméstico de câmbio e operou em baixa ao longo da tarde. No entanto, nos minutos finais de negociação, a divisa voltou ao terreno positivo e encerrou a sessão em alta de 0,22%, cotada a R$ 5,1260. A despeito do leve avanço, o dólar acumula baixa de 3,28% na semana.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em baixa, apesar de terem operado a maior parte do dia no positivo. As avaliações sobre a decisão do Fed permeiam as decisões, assim como as expectativas para o relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, a ser publicado sexta-feira (04). No fechamento, o Dow Jones caiu 0,45%, enquanto o S&P 500 perdeu 1,06% e o Nasdaq teve baixa de 1,73%.
Os juros dos Treasuries subiram nesta sessão, que serve como intervalo entre a decisão do Fed de quarta-feira (02) e a publicação do relatório do payroll, de sexta-feira (04). A inversão da curva de juros entre os títulos de 2 e 10 anos se aprofundou e esteve no radar dos operadores.
O dólar operou com fortes ganhos, com o índice DXY fechando com ganho de 1,42%, seguindo a postura do Fed, especialmente os comentários do presidente da autoridade, Jerome Powell, que deu indicações para a continuidade e até maior dimensão para as altas de juros nos Estados Unidos. O destaque nas desvalorizações foi a libra, que recuou fortemente após o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, dizer que os juros no Reino Unido não devem subir tanto quanto o mercado espera.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços dos EUA subiu a 47,8 em outubro, de acordo com a S&P Global. O resultado foi acima da estimativa preliminar de 46,6 e abaixo da leitura final de setembro, de 49,3. O número, porém, continua abaixo de 50, o que aponta para contração da atividade nessa pesquisa.
Ao passo que o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos Estados Unidos recuou de 56,7 em setembro a 54,4 em outubro, conforme informou o Instituto para Gestão da Oferta (ISM). Analistas ouvidos pelo WSJ previam queda menor, a 55,5.
POLÍTICA NO BRASIL:
A transição do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi oficializada na madrugada desta sexta-feira (04) com a nomeação de Geraldo Alckmin (PSB) para o Cargo Especial de Transição Governamental. Pela lei, o presidente pode formar uma equipe de transição com até 50 pessoas. O grupo terá acesso a dados da administração pública e trabalhará nas primeiras medidas do novo governo. (Poder 360)
O Centrão sinalizou que concorda em votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição anunciada pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, mas condiciona os votos e exige o apoio do novo governo às pautas do grupo no Congresso. Uma das condições para liberar novos gastos fora do teto é a manutenção do orçamento secreto. O projeto de reeleição do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também deve entrar na negociação, de acordo com parlamentares. No mercado, a PEC causou preocupação porque está sendo negociada sem que o novo ministro da área econômica tenha sido anunciado por Lula, e abrindo uma margem para gastos permanentes. Se a PEC for aprovada, será o sexto furo no teto de gastos, a regra aprovada em 2016 que limita o crescimento das despesas à variação da inflação. (Estadão)
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