Treasuries de 10 anos ultrapassam barreira dos 4%, não visto desde 2010

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NESTA MANHÃ

Treasuries de 10 anos ultrapassam barreira dos 4%, não visto desde 2010.

  • As bolsas asiáticas fecharam em forte baixa, após uma breve recuperação na sessão anterior, à medida que persistem temores de que a tendência global de aperto monetário deflagre uma recessão. O índice Hang Seng tombou de 3,41%, enquanto o Nikkei recuou 1,50% e o Xangai Composto caiu 1,58%. 
  • Na Europa, as bolsas operam em forte, acompanhando os futuros de Nova York e os mercados acionários da Ásia, à medida que a intensificação da crise de energia na região e o avanço dos juros de bônus alimentam temores sobre uma recessão. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,71%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem direção única. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,92%. O rendimento ultrapassou a barreira de 4%, o que não ocorria desde 2010. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,95%, a US$ 87,09 o barril.
  • O ouro avança 0,06%, a US$ 1.630,07 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 18,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: CAGED (Ago)
  • 09:00 Brasil: Índice de Preços ao Produtor IPP (Ago)
  • 11:00 EUA: Vendas Pendentes de Moradias (Mensal) (Ago) 
  • 11:15 EUA: Discurso de Jerome Powell, Presidente do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Mais alinhado nesta semana à aversão a risco que ainda prevalece no exterior, o Ibovespa emendou a terceira perda ao cair hoje 0,68%, aos 108.376,35 pontos. 

Os juros futuros encerraram com queda em todos os vencimentos, especialmente nos intermediários que melhor refletem as expectativas para o próximo ciclo da Selic. Devolveram parte dos prêmios acumulados nas últimas sessões estimulados pelo IPCA-15 de setembro, que veio perto do piso das projeções e com leitura benigna dos preços de abertura. Ao passo que o dólar fechou em baixa de 0,07%, cotado a R$ 5,3760. 

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York tiveram sessão volátil e fecharam sem direção única. Após abertura positiva, o ambiente piorou após dois indicadores dos Estados Unidos que podem reforçar a expectativa de aperto monetário pelo Fed. Alguns dirigentes do BC dos EUA se pronunciaram, e nesse quadro o índice S&P 500 atingiu mínima intraday desde novembro de 2020. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,43%, enquanto o S&P 500 recuou 0,21% e o Nasdaq avançou 0,25%.

Os rendimentos dos Treasuries ficaram mistos, em meio à piora do sentimento de risco, enquanto o mercado segue atento à rodada de comentários de dirigentes do Fed. Além disso, investidores monitoraram a divulgação de indicadores da economia dos EUA, que vieram melhor do que o esperado.

O índice DXY ficou estável. Dois indicadores dos Estados Unidos colaboraram para apoiar a divisa, ao lado de renovadas declarações do Fed de compromisso com o combate à inflação.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

 As vendas de moradias novas nos Estados Unidos registraram crescimento de 28,8% em agosto na comparação com julho, de acordo com o Departamento de Comércio, ao ritmo anual sazonalmente ajustado de 685 mil. Analistas ouvidos pelo WSJ previam recuo de 2,2%. Ao passo que em julho, o ritmo anualizado de vendas de casas novas foi revisado, de 511 mil antes informado a 532 mil. 

O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos subiu de 103,6 em agosto para 108 em setembro, conforme pesquisa divulgada pelo Conference Board. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam alta a 104,5.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou queda de 0,37% em setembro, após ter recuado 0,73% em agosto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma queda entre 0,39% e 0,06%, com mediana negativa de 0,20%. Dessa forma, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,53% no ano. Enquanto a taxa em 12 meses ficou em 7,96%. As projeções iam de avanço de 7,94% a 8,30%, com mediana de 8,14%.

A Ata do Copom manteve a cautela vista no comunicado, sinalizando que os juros devem seguir elevados por um período longo. Afirmou que vai avaliar se a estratégia de manutenção da taxa Selic por um período “suficientemente prolongado” garantirá a convergência da inflação. Além disso, reforçou o alerta de que “não hesitará” em retomar as altas dos juros básicos caso a desinflação não ocorra como esperado, após lembrar que os passos futuros de política monetária poderão ser ajustados. O BC destacou a piora das expectativas da inflação para 2024, mas reforçando que estará atento ao comportamento do indicador.

POLÍTICA NO BRASIL

Pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de setembro mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando a disputa com 48% das intenções de votos válidos na sucessão presidencial, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 38%. Os dados da pesquisa não permitem inferir que a eleição presidencial terminaria hoje com uma vitória de Lula no 1º turno. Em um eventual 2° turno, o Lula teria 51% das intenções de voto contra o Bolsonaro, que marca 39% nesse cenário. (Poder 360)

De acordo com a Pesquisa Genial/Quaest divulgada na madrugada desta 4ª feira (28), o cenário está estável a 4 dias do 1º turno das eleições. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 46% das intenções de voto, enquanto Jair Bolsonaro (PL) registra 33%. Agora, o petista aparece a 13 pontos de distância do atual presidente. Ambos oscilaram na margem de erro de 2 pontos em relação há 7 dias, quando a vantagem de Lula era de 10 pontos (44% a 34%). Em segundo turno, Lula seria eleito para um novo mandato no Palácio do Planalto ao vencer Bolsonaro por 52% a 38%. (Poder 360)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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