Ibovespa descola do exterior negativo e fecha com alta de 1,91% após Copom e Fomc.

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NESTA MANHÃ

Ibovespa descola do exterior negativo e fecha com alta de 1,91%.

  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa pelo terceiro dia consecutivo, após novas elevações de juros nos EUA e em várias partes da Europa para controlar a inflação persistente reforçarem temores sobre uma possível recessão. O índice Hang Seng caiu 1,18%, enquanto o Xangai Composto recuou 0,66%. No Japão, não houve negócios hoje devido a um feriado nacional.   
  • Na Europa, as bolsas operam em queda, após uma rodada de dados de atividade (PMIs) fracos da região alimentar temores de uma recessão, enquanto investidores continuam digerindo as recentes elevações de juros nos EUA e em países europeus. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 tomba 2,07%.
  • O Banco da Inglaterra (BoE) elevou pela sétima vez consecutiva a sua taxa básica de juros em 50 bps, a 2,25%, em mais uma tentativa de combater a inflação no Reino Unido, que está no maior nível em cerca de quatro décadas. A decisão veio em linha com as expectativas. 
  • O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro caiu de 48,9 em agosto para 48,2 em setembro, atingindo o menor nível em 20 meses e permanecendo abaixo da barreira de 50, que sinaliza contração na atividade, de acordo com os dados preliminares divulgados pela S&P Global. No entanto, o resultado veio em linha com a expectativa dos analistas consultados pelo WSJ.
  • O PMI do Reino Unido, caiu de 49,6 em agosto para 48,4 em setembro, também atingindo o menor nível em 20 meses e ainda abaixo da barreira de 50 pontos, conforme os dados divulgados pelo S&P Global. A prévia ficou abaixo da expectativa dos analistas de acordo com o WSJ, que previam queda a 49. Contudo, o PMI industrial surpreendeu o mercado, subindo de 47,3 para 48,5 em setembro. Enquanto a expectativa era de redução marginal a 47,2.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em baixa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,77%. 
  • Os contratos futuros do Brent caem 2,33%, a US$ 88,35 o barril.
  • O ouro recua 1,36%, a US$ 1.648,57 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 19 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:45 EUA: PMI Composto (Set)
  • 15:00 EUA: DIscurso de Jerome Powell, Presidente do Fed 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Contrariando o exterior, o Ibovespa fechou em alta de 1,91%, aos 114.070,48 pontos. O mercado ainda digere as decisões de juros nos EUA e no Brasil, assim como de outros bancos centrais do mundo, como da Inglaterra. 

O pós-Copom foi de forte ajuste em baixa nos juros, principalmente nos vértices intermediários, numa reação aparentemente contrária ao que o Banco Central pretendia com a mensagem ‘hawkish’ no comunicado e também à sinalização emitida pelo dissenso de votos, com dois dos nove diretores defendendo aumento de 25 pontos-base na Selic. Apesar de o texto alertar sobre o risco de a Selic voltar a subir, o mercado não somente zerou as apostas de aumento para os próximos meses como ampliou o orçamento de cortes para 2023 para mais de 300 pontos-base. Além de ignorar o recado do Copom, a curva não se abalou com a escalada dos yields dos Treasuries, num dia em que também as commodities avançaram.

Após uma manhã e início de tarde marcados por instabilidade e trocas de sinal, o dólar se firmou em baixa no mercado doméstico, em meio à arrancada do Ibovespa, na contramão de Nova York. Desse modo, a moeda fechou em baixa de 1,16%, cotada a R$ 5,1140.

EXTERIOR

Em dia de agenda de indicadores modesta, as bolsas de Nova York fecharam em queda, ainda reagindo à perspectiva de mais aperto monetário, um dia após a decisão do Fed de elevar juros. O índice Dow Jones tentou uma reação na reta final dos negócios, mas por fim o tom negativo prevaleceu. Assim, o índice fechou com queda de 0,35%, enquanto o S&P 500 caiu 0,84% e o Nasdaq recuou 1,37%. 

Os rendimentos dos Tresuries subiram, operando nas máximas de vários anos. O mercado ainda digere a decisão monetária do Fed e acompanha outros bancos centrais. O índice DXY subiu 0,64%, ainda na esteira da elevação de juros do Fed. Além disso, a decisão monetária de outros bancos centrais também ajudaram a fazer preço. 

POLÍTICA NO BRASIL

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) na última semana, de acordo com pesquisa Datafolha. Na sondagem anterior, a diferença entre os dois no primeiro turno era de 12 pontos percentuais, enquanto agora é de 14 pontos. Lula oscilou positivamente de 45% das intenções de voto para 47% no primeiro turno, ao passo que Bolsonaro se manteve estável, com 33%. Desse modo, Lula tem 50% dos votos válidos. Para ser eleito em primeiro turno, um candidato precisa obter mais da metade dos votos válidos, ou seja, mais do que 50%. Caso a disputa não termine na primeira etapa, o ex-presidente Lula venceria Bolsonaro no segundo turno, por 54% a 38%. A rejeição ao petista está em 39%, enquanto a de Bolsonaro é a maior entre os candidatos, de 52%. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (Valor)

De cada 5 eleitores que declaram voto em Ciro Gomes (PDT), 2 afirmam que podem mudar de ideia e escolher outro candidato até 2 de outubro, de acordo com a pesquisa PoderData realizada de 18 a 20 de setembro de 2022. Enquanto entre os que hoje preferem Simone Tebet (MDB), 28% consideram mudar o voto. Os que hoje declaram voto em Jair Bolsonaro (PL) são os mais convictos de que não mudarão de candidato até o 1º turno das eleições. Lula (PT), hoje líder em intenção de votos, vem na sequência com 88%. Os eleitores incertos do voto são os mais suscetíveis ao discurso do “voto útil”, que a campanha, principalmente, de Lula tem tentado emplacar. Conquistar esse grupo pode ser a passagem do petista – que tem 46% dos votos válidos, conforme pesquisa do PoderData – para uma vitória em 1º turno. (Poder 360)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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