Mercados recuam após discurso de Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole
NESTA MANHÃ
Nesta Manhã: Mercados recuam após discurso de Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole.
- As bolsas asiáticas fecharam com viés de baixa, em reação ao discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, durante o simpósio anual de Jackson Hole na sexta-feira (26). O índice acionário japonês Nikkei teve queda de 2,66%, enquanto o Hang Seng caiu 0,73%. Contudo, na China os mercados fecharam em alta, após a mídia estatal do país relatar que o fornecimento de energia para a maioria das indústrias e negócios na província de Sichuan foi gradualmente restaurado, em meio a uma seca histórica que deflagrou racionamentos de energia. Assim, o índice Xangai Composto teve alta de 0,14%.
- Na Europa, as bolsas operam no negativo, ampliando perdas da última semana, após tanto o Fed quanto o BCE sinalizarem nos últimos dias que terão de continuar elevando juros de forma agressiva para conter a inflação. O índice Stoxx Europe 600 recua 1,09%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no negativo.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,10%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,69%, a US$ 101,69 o barril.
- O ouro recua 0,49%, a US$ 1.729,24 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 19,9 mil.
AGENDA DO DIA
- Feriado Reino Unido – Feriado Bancário de Verão (Summer Bank Holiday)
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 09:30 Brasil: Empréstimos Bancários (Mai)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa acompanhou a cautela externa nesta última sessão da semana, na qual se confirmou o aguardado viés ‘hawkish’ no discurso proferido em Jackson Hole pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Ainda assim, a referência da B3 resistiu a um grau maior de correção, mostrando resiliência ao ajuste em andamento nos maiores mercados do exterior. O índice fechou o dia em baixa de 1,09%, aos 112.298,66, e, desse modo, acumulou alta de 0,72% na semana.
Os juros futuros fecharam em queda. Apesar de o mercado inicialmente ter acompanhado a reação inicial dos Treasuries ao discurso considerado “hawkish” do presidente do Fed, depois absorveu as declarações e o movimento perdeu força no começo da tarde. Além disso, o câmbio também teve alívio na sessão, fechando em baixa de 0,67%, a R$ 5,0780.
EXTERIOR
Os mercados acionários de Nova York registraram queda forte. O fato de o Fed ter reforçado seu compromisso de subir juros para conter a inflação pressionou as ações. Entre os setores, tecnologia e serviços de comunicação estiveram entre as maiores perdas, fazendo com o que o Nasdaq caísse mais. O índice Dow Jones fechou em baixa de 3,03%, enquanto o S&P 500 caiu 3,37% e o Nasdaq recuou 3,94%. Ao passo que, na comparação semanal, os recuos foram de 4,22%, 4,04% e 4,44%, respectivamente.
Os juros dos Treasuries caíram, em meio à piora do sentimento de risco. Além de reagirem à divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE)s, os rendimentos foram impulsionados, durante grande parte da sessão, pelo discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que foi interpretado como hawkish pelo mercado.
O índice DXY subiu 0,31%, com investidores atentos a indicadores dos Estados Unidos. O maior foco do dia, no entanto, foi o discurso de Powell, em Jackson Hole, com renovado compromisso de combate à inflação, mesmo com provável perda de fôlego na atividade diante disso.
O presidente do Fed, Jerome Powell, fez um aguardado discurso no simpósio de Jackson Hole, no qual disse que a prioridade neste momento é levar a inflação de volta à meta de 2%, mas que a tarefa de restaurar a estabilidade dos preços nos Estados Unidos ainda levará “algum tempo”. De acordo com ele, o compromisso com a estabilidade de preços é “incondicional”, mesmo que o aperto cause “alguma dor” para famílias e empresas nos EUA.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
Os gastos com consumo no país cresceram 0,1% em julho ante junho, de acordo com o Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Analistas ouvidos pelo WSJ previam alta maior, de 0,5%. Enquanto a renda pessoal teve avanço de 0,2% na mesma comparação, quando a expectativa era de crescimento de 0,6%.
O índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA recuou 0,1% em julho ante junho, com alta de 6,3% na comparação anual, conforme divulgado pelo Departamento de Comércio. Ao passo que o núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, teve alta de 0,1% em julho ante junho, quando analistas previam ganho de 0,2%. Na comparação anual, o PCE subiu 4,6% em julho, ante expectativa de alta de 4,7% dos analistas.
POLÍTICA NO BRASIL
Pesquisa da FSB Comunicação para o banco BTG Pactual mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 43% das intenções de voto no 1º turno das eleições presidenciais de outubro. O chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), tem 36%. Enquanto, na última pesquisa, divulgada em 22 de agosto, o petista aparecia com 45%, contra os mesmos 36% do presidente. Na simulação de um 2º turno entre Lula e Bolsonaro, Lula venceria com 52% dos votos e Bolsonaro ficaria com 39%. Se o embate for entre Lula e Ciro, o petista venceria por 47% a 32%. No cenário entre o ex-presidente e a senadora Simone Tebet, o placar é de 51% para Lula contra 30% para Tebet. (Poder 360)
O primeiro debate presidencial de 2022 foi realizado na noite deste domingo (28), organizado em pool por Folha, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura. Além dos líderes das pesquisas de intenção de voto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), participaram Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil).
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou o alvo preferencial dos demais candidatos. O atual chefe do Executivo, por sua vez, mirou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se esquivou de perguntas sobre corrupção. Para a área econômica, os principais candidatos à Presidência da República apresentaram planos que apontam para rumos opostos em temas-chave como leis trabalhistas, privatizações e gastos públicos. (Folha)
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