Ultra – Números refletem melhora da empresa e condições de mercado.

Aumento na receita puxado por preços altos.

Tivemos um trimestre de preço muito alto nos  combustíveis, com o petróleo negociando acima dos 100 dólares o barril. Com isso, a receita do grupo ficou na casa dos R$ 37,5 bilhões, com alta de 31% na comparação anual. O desempenho foi puxado, naturalmente, pela maior unidade de negócio, que são os postos Ipiranga. O volume vendido nos postos ficou em linha, com todo o aumento na receita do Ipiranga vindo dos preços. O EBITDA dos postos Ipiranga dobrou, de R$ 420 milhões para R$ 840 milhões, ao longo destes doze meses. A Ultragaz também teve crescimento de EBITDA desta ordem, fechando o trimestre com R$ 260 milhões na rubrica.

Venda de ativos já se reflete no balanço.

Tivemos duas vendas de subsidiárias neste período: a Oxiteno e a Extrafarma. A primeira se refletiu no balanço a partir de abril de 2022, sendo este o primeiro trimestre de balanço divulgado pelo Ultra sem a Oxiteno. Já a Extrafarma teve a sua venda finalizada no mês de agosto. No próximo resultado já teremos divulgado o balanço sem ambas unidades .

Estas vendas são grandes contribuições para a redução no endividamento do grupo Ultra. O grupo fechou o trimestre com R$ 8,2 bilhões em endividamento líquido, uma redução de 40% na comparação anual. A melhora na geração de caixa e redução da dívida trouxeram a alavancagem para o patamar de 2,2x, conforme medida pelo indicador dívida líquida/EBITDA.

Lutz pretende afinar o operacional antes de voltar a olhar crescimento.

O Ultra preparou seu balanço para entrar no negócio de refino através da compra da Refap, da Petrobras, que acabou não acontecendo. O foco agora é melhorar o operacional, cortar custos e expandir margens. Marcos Lutz, presidente do grupo, vê os novos investimentos como oportunidades que podem aparecer, mas não se sente pressionado pela baixa alavancagem do grupo, que é até bem vinda visto o alto patamar de juros em 2022.